Satanás é destinado rastejar, até os pés de Cristo esmagar sua cabeça.
RESUMO: Este artigo desenvolve, de modo aprofundado, a doutrina do poder limitado de Satanás, tendo como ponto de partida a promessa protoevangélica de GÊNESIS 3:15. A partir dessa semente escatológica, percorremos a história redentiva como revelada nas Escrituras, demonstrando que Satanás é um inimigo já derrotado, com poder estritamente subordinado à vontade soberana de Deus. Defendemos aqui uma abordagem inclusive bíblico monergista e cessacionista, fundamentada em uma tradição robusta de teólogos reformados, como CALVINO, OWEN, EDWARDS, BAVINCK, BERKHOF, SPURGEON, LLOYD-JONES, BROOKS, SIBBES, GURNALL, HOEKSEMA, MURRAY e outros. Portanto conforme esclarece a teologia reformada fundamentada na revelação bíblica principalmente, observa-se que o único poder de Satanás é o de cumprir seu destino irrevogável: rastejar até que sua cabeça seja esmagada debaixo dos pés de Jesus Cristo.
Gênesis 3:15 "Porei inimizade entre ti e a mulher, entre a tua descendência e o seu descendente. Este te ferirá a cabeça, e tu lhe ferirás o calcanhar."
COMENTÁRIO: Ao longo do artigo, trouxe citações de teólogos reformadores, alguns puritanos, para fertilizar a reflexão e apreciação sobre o tema. Algumas porções de literaturas que não têm em nossa língua portuguesa mas com muito carinho tomei o cuidado de traduzir e garimpar de antigas leituras e anotações, para sua apreciação. Espero que goste, e que seja para sua edificação e para a glória de Deus somente. (DE QUEIROZ, Flávio Ferraz. Reverendo IPMR. 2025)
Gálatas 3:16,29 "Ora, as promessas foram feitas a Abraão e ao seu descendente. Não diz: E aos descendentes, como se falando de muitos, porém como de um só: E ao teu descendente, que é Cristo. [...] E, se sois de Cristo, também sois descendentes de Abraão e herdeiros segundo a promessa."
Salmo 44:25 "Pois a nossa alma está abatida até ao pó, e o nosso corpo, pegado ao chão."
Salmo 72:9 "Inclinem-se diante dele os habitantes do deserto, e os seus inimigos lambam o pó."
Gênesis 3:14 "Então, o Senhor Deus disse à serpente: Visto que isto fizeste, maldita és entre todos os animais domésticos e o és entre todos os animais selváticos; rastejarás sobre o teu ventre e comerás pó todos os dias da tua vida."
HOEKSEMA (1953, p. 276): “O Diabo jaz derrotado, rastejando na poeira, enquanto o Reino avança”.
Enquanto Sl 44:25 expressa a humilhação do povo de Deus, “abatidos até ao pó”. O Senhor também inspira o Sl 72:9 que afirma que os inimigos de Cristo “lamberão o pó”, uma linguagem que alude à maldição da serpente em Gn 3:14.
Mediante isto, prossigamos.
Romanos 16:20 "E o Deus da paz, em breve, esmagará debaixo dos vossos pés a Satanás. A graça de nosso Senhor Jesus seja convosco."
Gênesis 3:15 "Porei inimizade entre ti e a mulher, entre a tua descendência e o seu descendente. Este te ferirá a cabeça, e tu lhe ferirás o calcanhar."
João 8:44 "Vós sois do diabo, que é vosso pai, e quereis satisfazer-lhe os desejos. Ele foi homicida desde o princípio e jamais se firmou na verdade, porque nele não há verdade. Quando ele profere mentira, fala do que lhe é próprio, porque é mentiroso e pai da mentira."1 João 3:10 "Nisto são manifestos os filhos de Deus e os filhos do diabo: todo aquele que não pratica justiça não procede de Deus, nem aquele que não ama a seu irmão."
Apocalipse 20:1-3 "Então, vi descer do céu um anjo, que tinha na mão a chave do abismo e uma grande corrente. Ele segurou o dragão, a antiga serpente, que é o Diabo, Satanás, e o prendeu por mil anos; lançou-o no abismo, fechou-o e pôs selo sobre ele, para que não mais enganasse as nações, até se completarem os mil anos. Depois disto, é necessário que ele seja solto por pouco tempo."
É preciso entender que para comprender a Bíblia, precisamos compreender a linguagem com que ela traz a revelação d'aquilo que Deus quis revelar a nós, a respeito do Reino. Em Gênesis 3:15 é citado "tua descendência" e também "teu descendente".
Em Gênesis 3:15, literalmente, a "tua descendência" é a descendência da serpente, isto é, de Satanás. Esta descendência da serpente, inclui: Satanás e seus anjos (Apocalipse 12); Homens ímpios em inimizade com Deus; Poderes terrenos hostis ao Reino de Deus (exemplo Faraó, Herodes, o anticristo etc.); e todo sistema anti-Deus e anti-Cristo ao longo da história. Figuradamente, refere-se a todos os que pertencem ao reino das trevas, os que se opõem a Deus, ímpios, rebeldes, mentirosos, perseguidores da verdade.
Gálatas 4:4 "Vindo, porém, a plenitude do tempo, Deus enviou seu Filho, nascido de mulher, nascido sob a lei."
Gálatas 3:16,29 "Ora, as promessas foram feitas a Abraão e ao seu descendente. Não diz: E aos descendentes, como se falando de muitos, porém como de um só: E ao teu descendente, que é Cristo. [...] E, se sois de Cristo, também sois descendentes de Abraão e herdeiros segundo a promessa."
Já o termo "teu descendente" se refere a um descendente específico da mulher. O "descendente da mulher" é, aponta em última instância, Jesus Cristo. Ele é o representante final da humanidade redimida, nascido de mulher (Gálatas 4:4). Ele é o que esmagará a cabeça da serpente, conforme Romanos 16:20 e Apocalipes 12 (capítulo extenso, transcrito no final deste artigo - Anexo I).
Esta linguagem bíblica expressa esse conflito e separação dos que pertencem ao bem seguindo-o, e os que perseguem o mau, seguindo-o, deixando claro a que e a quem está ligado cada grupo. Prosseguindo a reflexão sobre a questão da serpente, que é Satanás, o diabo, tem suas obras, vale refletir inclusive com os pensamentos dos nobres reformadores puritanos, a vitória de Jesus Cristo sobre o mau:
JOHN OWEN (1616–1683) "Cristo, pela sua morte, não apenas desarmou o Diabo, mas o humilhou. Ele não está apenas derrotado, mas subjugado; sua cabeça foi esmagada, e ele agora rasteja em derrota, esperando apenas sua execução final.” (The Works of John Owen, vol. 10, p. 186.)
THOMAS BROOKS (1608–1680) “Satanás pode ameaçar, mas não vencerá. Ele já foi julgado, e a sentença é clara: esmagado sob os pés de Cristo e da sua igreja. Toda sua fúria é a de um inimigo condenado, rastejando para o abismo.” (Precious Remedies Against Satan's Devices, p. 44.)
RICHARD SIBBES (1577–1635) “A cabeça de Satanás está quebrada; embora ainda se mova, ele não pode triunfar. Ele morde o calcanhar, mas Cristo o esmagou sob os pés. O povo de Deus pisa onde Cristo já venceu.” (The Bruised Reed, p. 75.)
WILLIAM GURNALL (1616–1679) “O Diabo é um general derrotado. Ele pode marchar e fazer ruído, mas já foi conquistado. A Igreja, pelo poder de Cristo, pisa sobre um inimigo que já está prostrado.” (The Christian in Complete Armour, vol. 2, p. 229.)
JONATHAN EDWARDS (1703–1758) “Satanás pode ainda reinar em corações ímpios, mas perante os pés de Cristo e sua igreja, ele está sendo continuamente esmagado. Cada conversão é mais um golpe em sua cabeça caída.” (Works of Jonathan Edwards, vol. 1, p. 386. Herdeiro dos puritanos)
CHARLES HADDON SPURGEON (1834–1892) “Satanás é como um réptil no pó. Cristo o esmagou, e a igreja, unida ao Salvador, o reduz cada vez mais à poeira. Ele morde o calcanhar, mas sempre perde a cabeça.” (Sermon: The Destroyer Destroyed, MTP, vol. 21, p. 534. Batista reformado)
MARTYN LLOYD-JONES (1899–1981) “Cristo, ao vencer na cruz, tornou a igreja parte ativa dessa vitória. Satanás foi esmagado e, agora, a igreja apenas o segue pisando em seus restos — ele está limitado, rastejando em ruína.” (The Christian Warfare, p. 112.)
Conhecida como proto-evangélica promessa, na teologia. Gênesis 3:15 traz na sentença contra a serpente um destino imparável. Deus estabelece uma guerra cósmica entre dois reinos: O da serpente e o do Descendente da mulher.
JOHN OWEN (1656) afirma: “A cruz foi o instrumento da sentença final sobre a serpente; seu crânio foi esmagado ali, embora ela ainda se contorça até o Dia do Senhor”.
BAVINCK (2003, p. 243) reconhece que toda a teologia da redenção se desenrola a partir desse versículo. E para VAN TIL (1974, p. 58), esta é a base antitética da história redentiva: “A guerra entre Cristo e Satanás estrutura toda a revelação bíblica”.
Deus revela, sem reservas, como um grito de glória: “Para isto se manifestou o Filho de Deus: para destruir as obras do diabo.”
Peregrinando ainda sobre o tema, encontramos na Bíblia, sobre o pai da mentira e seus limites, a saber em João 8 e 1 João 3:8. Registra o Evangelho, segundo João, no capítulo 8 (capítulo extenso, transcrito no final deste artigo - Anexo I), que Jesus perdoa a mulher adúltera, dizendo: “Aquele que dentre vós estiver sem pecado seja o primeiro que lhe atire pedra.” Em seguida, ensina sobre ser a luz do mundo, confronta os fariseus e afirma: “Conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará.” Ele declara que a verdadeira liberdade é espiritual, não política, e que os filhos de Deus fazem as obras de Deus, mas os que rejeitam a verdade são filhos do diabo. Por fim, afirma: “Antes que Abraão existisse, EU SOU”, e os judeus tentam apedrejá-lo.
CALVINO (2006, I.14.18) observa: “Satanás é como um cão acorrentado. Ele só ataca com a permissão de Deus”.
ABRAHAM KUYPER (1902, p. 133) nota: “O Diabo só pode agir dentro dos limites estabelecidos pela providência divina”.
Revelando um pouco mais este conflito entre os Reinos, Jesus declara que o Diabo é “homicida desde o princípio” e “pai da mentira”. Houve um confronto entre Jesus e os líderes judeus, e isso, demonstra que, embora Satanás seja mentiroso e destruidor, sua influência é quebrada pela verdade de Cristo.
João 8:44 "Vós sois do diabo, que é vosso pai, e quereis satisfazer-lhe os desejos. Ele foi homicida desde o princípio e jamais se firmou na verdade, porque nele não há verdade. Quando ele profere mentira, fala do que lhe é próprio, porque é mentiroso e pai da mentira."
1 João 3:8 "Aquele que pratica o pecado procede do diabo, porque o diabo vive pecando desde o princípio. Para isto se manifestou o Filho de Deus: para destruir as obras do diabo."
Mas a vitória é de Jesus Cristo. Sua glória e exaltação foi profetizada. A visão apocalíptica de Daniel 7:13-14 apresenta o Filho do Homem recebendo um reino eterno. Este é o Cristo glorificado, entronizado acima de todos os principados e potestades.
Daniel 7:13-14 "Eu estava olhando nas minhas visões da noite, e eis que vinha com as nuvens do céu um como o Filho do Homem; e dirigiu-se ao Ancião de Dias, e o fizeram chegar até ele. Foi-lhe dado domínio, e glória, e o reino, para que os povos, nações e homens de todas as línguas o servissem; o seu domínio é domínio eterno, que não passará, e o seu reino jamais será destruído."
JONATHAN EDWARDS (2003, p. 142) ensina: “A entronização do Filho do Homem é o momento em que Satanás foi juridicamente derrotado perante o tribunal divino”.
Para BERKOUWER (1954, p. 312), “a entrega do Reino ao Messias é o fim da autoridade usurpada de Satanás neste mundo”.
A vitória de Cristo, o Segundo Adão e sua obra vitoriosa, gloriosa. A queda veio pelo primeiro Adão; a vitória, pelo Segundo. Paulo ensina que “por um homem entrou o pecado no mundo” (Rm 5:12), mas “pela obediência de um só muitos se tornarão justos” (Rm 5:19).
Romanos 5:12-19 "Portanto, assim como por um só homem entrou o pecado no mundo, e, pelo pecado, a morte, assim também a morte passou a todos os homens, porque todos pecaram. Porque até ao regime da lei havia pecado no mundo, mas o pecado não é levado em conta quando não há lei. Entretanto, reinou a morte desde Adão até Moisés, mesmo sobre aqueles que não pecaram à semelhança da transgressão de Adão, o qual prefigurava aquele que havia de vir. Todavia, não é assim o dom gratuito como a ofensa; porque, se, pela ofensa de um, morreram muitos, muito mais a graça de Deus e o dom pela graça de um só homem, Jesus Cristo, foram abundantes sobre muitos. O dom, entretanto, não é como no caso em que somente um pecou; porque o julgamento derivou de uma só ofensa para condenação, mas a graça transcorre de muitas ofensas para justificação. Se, pela ofensa de um e por meio de um só, reinou a morte, muito mais os que recebem a abundância da graça e o dom da justiça reinarão em vida por meio de um só, a saber, Jesus Cristo. Pois assim como, por uma só ofensa, veio o juízo sobre todos os homens para condenação, assim também, por um só ato de justiça, veio a graça sobre todos os homens para a justificação que dá vida. Porque, como, pela desobediência de um só homem, muitos se tornaram pecadores, assim também, por meio da obediência de um só, muitos se tornarão justos."
Em 1 CORÍNTIOS 15:45-49, Cristo é o último Adão, celestial, autor da nova criação.
1 Coríntios 15:45-49 "Pois assim está escrito: O primeiro homem, Adão, foi feito alma vivente. O último Adão, porém, é espírito vivificante. Mas não é primeiro o espiritual, e sim o natural; depois, o espiritual. O primeiro homem, formado da terra, é terreno; o segundo homem é do céu. Como foi o primeiro homem, o terreno, tais são também os demais homens terrenos; e, como é o homem celestial, tais também os celestiais. E, assim como trouxemos a imagem do que é terreno, devemos trazer também a imagem do celestial."
A. A. HODGE (1871, p. 225) diz: “Se Adão perdeu para a serpente, Cristo venceu por sua Igreja”.
E MURRAY (1955, p. 206) declara: “O triunfo de Cristo é completo e irreversível, fundado na sua obediência substitutiva”.
A Igreja que o alvo de Cristo, participa de Sua vitória consequentemente “O Deus da paz esmagará em breve Satanás debaixo dos vossos pés” (Rm 16:20). A vitória de Cristo é comunicada à Igreja, que compartilha do domínio sobre o inimigo.
Romanos 16:20 "E o Deus da paz, em breve, esmagará debaixo dos vossos pés a Satanás. A graça de nosso Senhor Jesus seja convosco."
LLOYD-JONES (1954, p. 89): “Cada vez que resistimos ao Diabo, contribuímos para a sua derrota escatológica”.
MATTHEW HENRY comenta: “Cristo vence por nós, mas também vence em nós”.
A vitória de Cristo, e sua igreja foi fundamentada no sofrimento. O sofrimento de Cristo é o caminho para a sua glória. Profetizado em Is 53:12 “foi contado com os transgressores” e confirmado por Jesus em LUCAS 24:26,46: “Porventura não convinha que o Cristo padecesse estas coisas e entrasse na sua glória?”.
J. I. PACKER (1973, p. 191) escreve: “A cruz não foi fracasso, mas triunfo supremo contra o inferno”.
1 Pedro 1:10-11 "Foi a respeito desta salvação que os profetas indagaram e inquiriram, os quais profetizaram acerca da graça a vós outros destinada, investigando atentamente qual ocasião ou quais as circunstâncias oportunas indicadas pelo Espírito de Cristo, que neles estava, ao dar de antemão testemunho sobre os sofrimentos referentes a Cristo e sobre as glórias que os seguiriam."
Isaías 53:12 "Por isso, eu lhe darei muitos como a sua parte, e com os poderosos repartirá ele o despojo; porquanto derramou a sua alma na morte, foi contado com os transgressores; contudo, levou sobre si o pecado de muitos e pelos transgressores intercedeu."
Lucas 24:26,46 "Porventura, não convinha que o Cristo padecesse e entrasse na sua glória? [...] Assim está escrito que o Cristo havia de padecer e ressuscitar dentre os mortos no terceiro dia."
E quanto ao sofrimento, para a glória de Deus, a igreja participa. A Participação dos Santos é registrada.
2 Coríntios 1:5-7 "Porque, assim como os sofrimentos de Cristo se manifestam em grande medida a nosso favor, assim também a nossa consolação transborda por meio de Cristo. Mas, se somos atribulados, é para a vossa consolação e salvação; se somos consolados, é também para a vossa consolação; a qual se torna eficaz, suportando vós com paciência os mesmos sofrimentos que nós também padecemos. A nossa esperança a respeito de vós está firme, sabendo que, como sois participantes dos sofrimentos, assim o sereis da consolação."
Colossenses 1:24 "Agora, me regozijo nos meus sofrimentos por vós e preencho o que resta das aflições de Cristo na minha carne, a favor do seu corpo, que é a igreja."
Gálatas 3:16,29 "Ora, as promessas foram feitas a Abraão e ao seu descendente. Não diz: E aos descendentes, como se falando de muitos, porém como de um só: E ao teu descendente, que é Cristo. [...] E, se sois de Cristo, também sois descendentes de Abraão e herdeiros segundo a promessa."
Os crentes compartilham dos sofrimentos de Cristo (2 Co 1:5-7) e “completam em sua carne o que resta das aflições de Cristo” (Cl 1:24), não no sentido expiatório, mas como testemunhas.
SPROUL (1997, p. 312): “Nosso sofrimento é instrumento pedagógico da vitória de Cristo”.
PIPER (2003, p. 243) acrescenta: “Sofrer com Cristo é declarar que Ele vale mais que o mundo”.
Hebreus 12:14 "Segui a paz com todos e a santificação, sem a qual ninguém verá o Senhor."
Anexo à este, segue a mensagem expositiva ministrada pelo professor Flávio Ferraz de Queiroz, em no culto ao Senhor realizado em 20/07/2025 , como síntese deste artigo.
Anexo: Vídeo [35 min] - Mensagem expositiva, Rev. Flávio:
Fonte: PodDicere - Podcast da Igreja PMR.
CONCLUIMOS, em suma, então. Satanás não tem poder criativo, soberano ou autônomo. É criatura caída, derrotada na cruz, limitada no presente, e destinada à destruição final. O único poder que lhe resta é cumprir seu decreto de juízo ser esmagado debaixo dos pés de Jesus Cristo e de sua Igreja.
Como disse SPURGEON (1866): “Satanás é um leão com coleira curta. Ele só ruge onde Deus permite”.
Concluir mais uma leitura da Bíblia toda (121ª para a glória de Deus somente), foi, acima de tudo, uma experiência de renovação interior. Ao reencontrar, versículo por versículo, o fio contínuo da fidelidade de Deus, fui tomado por uma paz real não como ausência de conflito, mas como certeza de que o mal não prevalecerá. A segurança de que Satanás já está condenado e terá sua cabeça esmagada por Cristo trouxe alento à alma. Nessa leitura, tornou-se ainda mais claro que a história caminha com firmeza rumo ao dia em que toda injustiça será desfeita, e os redimidos viverão, após a ressurreição, sob um Reino de justiça e paz verdadeira. Essa esperança, longe de ser mera abstração teológica, é o consolo diário de quem confia no Cordeiro vencedor.
Uma curiosidade: Além da vitória sobre Satanás, a Bíblia registra também sobre uma prisão. Apocalipse 20:1-3 mostra que Satanás está preso por mil anos. Apocalipse 12 apresenta a mesma ideia de queda e limitação após a ascensão de Cristo. Satanás é impedido de enganar as nações como antes. E sobre este tema recomendo um estudo mais aprofundado sobre amilenismo.
Apocalipse 20:1-3 "Então, vi descer do céu um anjo, que tinha na mão a chave do abismo e uma grande corrente. Ele segurou o dragão, a antiga serpente, que é o Diabo, Satanás, e o prendeu por mil anos; lançou-o no abismo, fechou-o e pôs selo sobre ele, para que não mais enganasse as nações, até se completarem os mil anos. Depois disto, é necessário que ele seja solto por pouco tempo."
BERKHOF (1990, p. 708) afirma: “Esta prisão é a restrição estratégica de Satanás durante a era da Igreja”.
GAFFIN (1977, p. 122) complementa: “Vivemos a era da limitação diabólica; o evangelho avança porque o Dragão está preso”.
Acesse mais conteúdos sobre este tema aqui, haja visto que este artigo acima é só uma parte do assunto que não se esgota em um único artigo, obviamente. É importantíssimo continuar estudando, crescendo em graça e conhecimento nas coisas do Senhor.
Igreja Primeiro Ministério Reformador
QUEIROZ, Flávio Ferraz de.
Reverendo (2025) 20 de Junho. Guidoval / MG.
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ANEXO I - Textos Longos:
João 8 "Jesus, entretanto, foi para o monte das Oliveiras. De madrugada, voltou novamente para o templo, e todo o povo ia ter com ele; e, assentado, os ensinava. Os escribas e fariseus trouxeram à sua presença uma mulher surpreendida em adultério e, fazendo-a ficar de pé no meio de todos, disseram a Jesus: Mestre, esta mulher foi apanhada em flagrante adultério. E, na Lei, nos mandou Moisés que tais mulheres sejam apedrejadas; tu, pois, que dizes? Isto diziam eles tentando-o, para terem de que o acusar. Mas Jesus, inclinando-se, escrevia na terra com o dedo. Como insistissem na pergunta, Jesus se levantou e lhes disse: Aquele que dentre vós estiver sem pecado seja o primeiro que lhe atire pedra. E, tornando a inclinar-se, continuou a escrever no chão. Mas, ouvindo eles esta resposta e acusados pela própria consciência, foram se retirando um por um, a começar pelos mais velhos até aos últimos, ficando só Jesus e a mulher no meio onde estava. Erguendo-se Jesus e não vendo a ninguém mais além da mulher, perguntou-lhe: Mulher, onde estão aqueles teus acusadores? Ninguém te condenou? Respondeu ela: Ninguém, Senhor! Então, lhe disse Jesus: Nem eu tampouco te condeno; vai e não peques mais. De novo, lhes falava Jesus, dizendo: Eu sou a luz do mundo; quem me segue não andará nas trevas; pelo contrário, terá a luz da vida. Disseram-lhe, pois, os fariseus: Tu dás testemunho de ti mesmo; logo, o teu testemunho não é verdadeiro. Respondeu Jesus e disse-lhes: Posto que eu testifico de mim mesmo, o meu testemunho é verdadeiro, porque sei de onde vim e para onde vou; mas vós não sabeis de onde venho, nem para onde vou. Vós julgais segundo a carne, eu a ninguém julgo. Se, todavia, eu julgo, o meu juízo é verdadeiro, porque não sou eu só, porém eu e aquele que me enviou. Também na vossa lei está escrito que o testemunho de dois homens é verdadeiro. Eu testifico de mim mesmo, e o Pai, que me enviou, também testifica de mim. Então, lhe perguntaram: Onde está teu Pai? Respondeu Jesus: Não me conheceis a mim, nem a meu Pai; se conhecêsseis a mim, também conheceríeis a meu Pai. Proferiu ele estas palavras no lugar do cofre das ofertas, quando ensinava no templo; e ninguém o prendeu, porque ainda não era chegada a sua hora. De outra feita, lhes falou, dizendo: Vou retirar-me, e vós me procurareis, mas perecereis no vosso pecado; para onde eu vou, vós não podeis ir. Então, diziam os judeus: Terá ele acaso a intenção de suicidar-se, quando diz: Para onde eu vou, vós não podeis ir? E prosseguiu: Vós sois cá de baixo, eu sou lá de cima; vós sois deste mundo, eu deste mundo não sou. Por isso, eu vos disse que morrereis nos vossos pecados; porque, se não crerdes que eu sou, morrereis nos vossos pecados. Então, lhe perguntaram: Quem és tu? Respondeu-lhes Jesus: Que é que desde o princípio vos tenho dito? Muitas coisas tenho para dizer a vosso respeito e vos julgar; porém aquele que me enviou é verdadeiro, de modo que as coisas que dele ouvi, essas digo ao mundo. Eles, porém, não atinaram que lhes falava do Pai. Disse-lhes, pois, Jesus: Quando levantardes o Filho do Homem, então sabereis que eu sou e que nada faço por mim mesmo, mas falo como o Pai me ensinou. E aquele que me enviou está comigo, não me deixou só, porque eu faço sempre o que lhe agrada. Dizendo ele estas coisas, muitos creram nele. Disse, pois, Jesus aos judeus que haviam crido nele: Se vós permaneceres na minha palavra, sois verdadeiramente meus discípulos; e conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará. Responderam-lhe: Somos descendência de Abraão e jamais fomos escravos de alguém; como dizes tu: Sereis livres? Replicou-lhes Jesus: Em verdade, em verdade vos digo: todo o que comete pecado é escravo do pecado. O escravo não fica sempre na casa; o filho, sim, para sempre. Se, pois, o Filho vos libertar, verdadeiramente sereis livres. Bem sei que sois descendência de Abraão; contudo, procurais matar-me, porque a minha palavra não está em vós. Eu falo das coisas que vi junto de meu Pai; vós, porém, fazeis o que vistes em vosso pai. Então, lhe responderam: Nosso pai é Abraão. Disse-lhes Jesus: Se sois filhos de Abraão, praticai as obras de Abraão. Mas agora procurais matar-me, a mim que vos tenho falado a verdade que ouvi de Deus; assim não procedeu Abraão. Vós fazeis as obras de vosso pai. Disseram-lhe eles: Nós não somos bastardos; temos um pai que é Deus. Replicou-lhes Jesus: Se Deus fosse, de fato, vosso Pai, certamente, me havíeis de amar, porque eu vim de Deus e aqui estou; pois não vim de mim mesmo, mas ele me enviou. Qual a razão por que não compreendeis a minha linguagem? É porque sois incapazes de ouvir a minha palavra. Vós sois do diabo, que é vosso pai, e quereis satisfazer-lhe os desejos. Ele foi homicida desde o princípio e jamais se firmou na verdade, porque nele não há verdade. Quando ele profere mentira, fala do que lhe é próprio, porque é mentiroso e pai da mentira. Mas, porque eu digo a verdade, não me credes. Quem dentre vós me convence de pecado? Se vos digo a verdade, por que razão não me credes? Quem é de Deus ouve as palavras de Deus; por isso, não me dais ouvidos, porque não sois de Deus. Responderam os judeus: Não temos razão em dizer que és samaritano e tens demônio? Replicou Jesus: Eu não tenho demônio; pelo contrário, honro a meu Pai, e vós me desonrais. Eu não procuro a minha própria glória; há quem a busque e julgue. Em verdade, em verdade vos digo: se alguém guardar a minha palavra, não verá a morte, eternamente. Disseram-lhe os judeus: Agora, estamos certos de que tens demônio. Abraão morreu, e também os profetas; e tu dizes: Se alguém guardar a minha palavra, não provará a morte, eternamente. És maior do que o nosso pai Abraão, que morreu? Também os profetas morreram; quem, pois, te fazes ser? Respondeu Jesus: Se eu me glorifico a mim mesmo, a minha glória nada é; quem me glorifica é meu Pai, o qual vós dizeis ser vosso Deus. Entretanto, vós não o tendes conhecido; eu, porém, o conheço. Se eu disser que não o conheço, serei como vós, mentiroso; mas eu o conheço e guardo a sua palavra. Vosso pai Abraão alegrou-se por ver o meu dia, viu-o e regozijou-se. Perguntaram-lhe, pois, os judeus: Ainda não tens cinquenta anos e viste Abraão? Respondeu-lhes Jesus: Em verdade, em verdade vos digo: antes que Abraão existisse, eu sou. Então, pegaram em pedras para atirarem nele; mas Jesus se ocultou e saiu do templo."
Apocalipse 12 "Viu-se grande sinal no céu, a saber, uma mulher vestida do sol, com a lua debaixo dos pés e uma coroa de doze estrelas na cabeça, que, achando-se grávida, grita com as dores de parto, sofrendo tormentos para dar à luz. Viu-se também outro sinal no céu, e eis um dragão, grande, vermelho, com sete cabeças, dez chifres e, nas cabeças, sete diademas. A sua cauda arrastava a terça parte das estrelas do céu, as quais lançou para a terra. E o dragão se deteve em frente da mulher que estava para dar à luz, a fim de lhe devorar o filho quando nascesse. Nasceu-lhe, pois, um filho varão, que há de reger todas as nações com cetro de ferro; e o seu filho foi arrebatado para Deus até ao seu trono. A mulher, porém, fugiu para o deserto, onde lhe havia Deus preparado lugar para que nele a sustentem durante mil duzentos e sessenta dias. Houve peleja no céu. Miguel e os seus anjos pelejaram contra o dragão. Também pelejaram o dragão e seus anjos; todavia, não prevaleceram; nem mais se achou no céu o lugar deles. E foi expulso o grande dragão, a antiga serpente, que se chama diabo e Satanás, o sedutor de todo o mundo, sim, foi atirado para a terra, e, com ele, os seus anjos. Então, ouvi grande voz do céu, proclamando: Agora veio a salvação, o poder, o reino do nosso Deus e a autoridade do seu Cristo, pois foi expulso o acusador de nossos irmãos, o mesmo que os acusa de dia e de noite, diante do nosso Deus. Eles, pois, o venceram por causa do sangue do Cordeiro e por causa da palavra do testemunho que deram e, mesmo em face da morte, não amaram a própria vida. Por isso, festejai, ó céus, e vós, os que neles habitais. Ai da terra e do mar, pois o diabo desceu até vós, cheio de grande cólera, sabendo que pouco tempo lhe resta. Quando, pois, o dragão se viu atirado para a terra, perseguiu a mulher que dera à luz o filho varão. E foram dadas à mulher as duas asas da grande águia, para que voasse até ao deserto, ao seu lugar, aí onde é sustentada durante um tempo, tempos e metade de um tempo, fora da vista da serpente. Então, a serpente arrojou da sua boca, atrás da mulher, água como um rio, a fim de fazer com que ela fosse arrebatada pelo rio. A terra, porém, socorreu a mulher, e a terra abriu a boca e engoliu o rio que o dragão tinha arrojado da sua boca. Irou-se o dragão contra a mulher e foi pelejar com os restantes da sua descendência, os que guardam os mandamentos de Deus e têm o testemunho de Jesus; e se pôs em pé sobre a areia do mar."
QUEIROZ, Flávio Ferraz de.
Reverendo (2025) 20 de Junho. Guidoval / MG.
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ANEXO I - Textos Longos:
João 8 "Jesus, entretanto, foi para o monte das Oliveiras. De madrugada, voltou novamente para o templo, e todo o povo ia ter com ele; e, assentado, os ensinava. Os escribas e fariseus trouxeram à sua presença uma mulher surpreendida em adultério e, fazendo-a ficar de pé no meio de todos, disseram a Jesus: Mestre, esta mulher foi apanhada em flagrante adultério. E, na Lei, nos mandou Moisés que tais mulheres sejam apedrejadas; tu, pois, que dizes? Isto diziam eles tentando-o, para terem de que o acusar. Mas Jesus, inclinando-se, escrevia na terra com o dedo. Como insistissem na pergunta, Jesus se levantou e lhes disse: Aquele que dentre vós estiver sem pecado seja o primeiro que lhe atire pedra. E, tornando a inclinar-se, continuou a escrever no chão. Mas, ouvindo eles esta resposta e acusados pela própria consciência, foram se retirando um por um, a começar pelos mais velhos até aos últimos, ficando só Jesus e a mulher no meio onde estava. Erguendo-se Jesus e não vendo a ninguém mais além da mulher, perguntou-lhe: Mulher, onde estão aqueles teus acusadores? Ninguém te condenou? Respondeu ela: Ninguém, Senhor! Então, lhe disse Jesus: Nem eu tampouco te condeno; vai e não peques mais. De novo, lhes falava Jesus, dizendo: Eu sou a luz do mundo; quem me segue não andará nas trevas; pelo contrário, terá a luz da vida. Disseram-lhe, pois, os fariseus: Tu dás testemunho de ti mesmo; logo, o teu testemunho não é verdadeiro. Respondeu Jesus e disse-lhes: Posto que eu testifico de mim mesmo, o meu testemunho é verdadeiro, porque sei de onde vim e para onde vou; mas vós não sabeis de onde venho, nem para onde vou. Vós julgais segundo a carne, eu a ninguém julgo. Se, todavia, eu julgo, o meu juízo é verdadeiro, porque não sou eu só, porém eu e aquele que me enviou. Também na vossa lei está escrito que o testemunho de dois homens é verdadeiro. Eu testifico de mim mesmo, e o Pai, que me enviou, também testifica de mim. Então, lhe perguntaram: Onde está teu Pai? Respondeu Jesus: Não me conheceis a mim, nem a meu Pai; se conhecêsseis a mim, também conheceríeis a meu Pai. Proferiu ele estas palavras no lugar do cofre das ofertas, quando ensinava no templo; e ninguém o prendeu, porque ainda não era chegada a sua hora. De outra feita, lhes falou, dizendo: Vou retirar-me, e vós me procurareis, mas perecereis no vosso pecado; para onde eu vou, vós não podeis ir. Então, diziam os judeus: Terá ele acaso a intenção de suicidar-se, quando diz: Para onde eu vou, vós não podeis ir? E prosseguiu: Vós sois cá de baixo, eu sou lá de cima; vós sois deste mundo, eu deste mundo não sou. Por isso, eu vos disse que morrereis nos vossos pecados; porque, se não crerdes que eu sou, morrereis nos vossos pecados. Então, lhe perguntaram: Quem és tu? Respondeu-lhes Jesus: Que é que desde o princípio vos tenho dito? Muitas coisas tenho para dizer a vosso respeito e vos julgar; porém aquele que me enviou é verdadeiro, de modo que as coisas que dele ouvi, essas digo ao mundo. Eles, porém, não atinaram que lhes falava do Pai. Disse-lhes, pois, Jesus: Quando levantardes o Filho do Homem, então sabereis que eu sou e que nada faço por mim mesmo, mas falo como o Pai me ensinou. E aquele que me enviou está comigo, não me deixou só, porque eu faço sempre o que lhe agrada. Dizendo ele estas coisas, muitos creram nele. Disse, pois, Jesus aos judeus que haviam crido nele: Se vós permaneceres na minha palavra, sois verdadeiramente meus discípulos; e conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará. Responderam-lhe: Somos descendência de Abraão e jamais fomos escravos de alguém; como dizes tu: Sereis livres? Replicou-lhes Jesus: Em verdade, em verdade vos digo: todo o que comete pecado é escravo do pecado. O escravo não fica sempre na casa; o filho, sim, para sempre. Se, pois, o Filho vos libertar, verdadeiramente sereis livres. Bem sei que sois descendência de Abraão; contudo, procurais matar-me, porque a minha palavra não está em vós. Eu falo das coisas que vi junto de meu Pai; vós, porém, fazeis o que vistes em vosso pai. Então, lhe responderam: Nosso pai é Abraão. Disse-lhes Jesus: Se sois filhos de Abraão, praticai as obras de Abraão. Mas agora procurais matar-me, a mim que vos tenho falado a verdade que ouvi de Deus; assim não procedeu Abraão. Vós fazeis as obras de vosso pai. Disseram-lhe eles: Nós não somos bastardos; temos um pai que é Deus. Replicou-lhes Jesus: Se Deus fosse, de fato, vosso Pai, certamente, me havíeis de amar, porque eu vim de Deus e aqui estou; pois não vim de mim mesmo, mas ele me enviou. Qual a razão por que não compreendeis a minha linguagem? É porque sois incapazes de ouvir a minha palavra. Vós sois do diabo, que é vosso pai, e quereis satisfazer-lhe os desejos. Ele foi homicida desde o princípio e jamais se firmou na verdade, porque nele não há verdade. Quando ele profere mentira, fala do que lhe é próprio, porque é mentiroso e pai da mentira. Mas, porque eu digo a verdade, não me credes. Quem dentre vós me convence de pecado? Se vos digo a verdade, por que razão não me credes? Quem é de Deus ouve as palavras de Deus; por isso, não me dais ouvidos, porque não sois de Deus. Responderam os judeus: Não temos razão em dizer que és samaritano e tens demônio? Replicou Jesus: Eu não tenho demônio; pelo contrário, honro a meu Pai, e vós me desonrais. Eu não procuro a minha própria glória; há quem a busque e julgue. Em verdade, em verdade vos digo: se alguém guardar a minha palavra, não verá a morte, eternamente. Disseram-lhe os judeus: Agora, estamos certos de que tens demônio. Abraão morreu, e também os profetas; e tu dizes: Se alguém guardar a minha palavra, não provará a morte, eternamente. És maior do que o nosso pai Abraão, que morreu? Também os profetas morreram; quem, pois, te fazes ser? Respondeu Jesus: Se eu me glorifico a mim mesmo, a minha glória nada é; quem me glorifica é meu Pai, o qual vós dizeis ser vosso Deus. Entretanto, vós não o tendes conhecido; eu, porém, o conheço. Se eu disser que não o conheço, serei como vós, mentiroso; mas eu o conheço e guardo a sua palavra. Vosso pai Abraão alegrou-se por ver o meu dia, viu-o e regozijou-se. Perguntaram-lhe, pois, os judeus: Ainda não tens cinquenta anos e viste Abraão? Respondeu-lhes Jesus: Em verdade, em verdade vos digo: antes que Abraão existisse, eu sou. Então, pegaram em pedras para atirarem nele; mas Jesus se ocultou e saiu do templo."
Apocalipse 12 "Viu-se grande sinal no céu, a saber, uma mulher vestida do sol, com a lua debaixo dos pés e uma coroa de doze estrelas na cabeça, que, achando-se grávida, grita com as dores de parto, sofrendo tormentos para dar à luz. Viu-se também outro sinal no céu, e eis um dragão, grande, vermelho, com sete cabeças, dez chifres e, nas cabeças, sete diademas. A sua cauda arrastava a terça parte das estrelas do céu, as quais lançou para a terra. E o dragão se deteve em frente da mulher que estava para dar à luz, a fim de lhe devorar o filho quando nascesse. Nasceu-lhe, pois, um filho varão, que há de reger todas as nações com cetro de ferro; e o seu filho foi arrebatado para Deus até ao seu trono. A mulher, porém, fugiu para o deserto, onde lhe havia Deus preparado lugar para que nele a sustentem durante mil duzentos e sessenta dias. Houve peleja no céu. Miguel e os seus anjos pelejaram contra o dragão. Também pelejaram o dragão e seus anjos; todavia, não prevaleceram; nem mais se achou no céu o lugar deles. E foi expulso o grande dragão, a antiga serpente, que se chama diabo e Satanás, o sedutor de todo o mundo, sim, foi atirado para a terra, e, com ele, os seus anjos. Então, ouvi grande voz do céu, proclamando: Agora veio a salvação, o poder, o reino do nosso Deus e a autoridade do seu Cristo, pois foi expulso o acusador de nossos irmãos, o mesmo que os acusa de dia e de noite, diante do nosso Deus. Eles, pois, o venceram por causa do sangue do Cordeiro e por causa da palavra do testemunho que deram e, mesmo em face da morte, não amaram a própria vida. Por isso, festejai, ó céus, e vós, os que neles habitais. Ai da terra e do mar, pois o diabo desceu até vós, cheio de grande cólera, sabendo que pouco tempo lhe resta. Quando, pois, o dragão se viu atirado para a terra, perseguiu a mulher que dera à luz o filho varão. E foram dadas à mulher as duas asas da grande águia, para que voasse até ao deserto, ao seu lugar, aí onde é sustentada durante um tempo, tempos e metade de um tempo, fora da vista da serpente. Então, a serpente arrojou da sua boca, atrás da mulher, água como um rio, a fim de fazer com que ela fosse arrebatada pelo rio. A terra, porém, socorreu a mulher, e a terra abriu a boca e engoliu o rio que o dragão tinha arrojado da sua boca. Irou-se o dragão contra a mulher e foi pelejar com os restantes da sua descendência, os que guardam os mandamentos de Deus e têm o testemunho de Jesus; e se pôs em pé sobre a areia do mar."
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:
- BAVINCK, Herman. Teologia Sistemática. São Paulo: Cultura Cristã, 2003.
- BERKHOF, Louis. Teologia Sistemática. São Paulo: Cultura Cristã, 1990.
- BERKOUWER, G. C. The Return of Christ. Grand Rapids: Eerdmans, 1954.
- BROOKS, Thomas. Precious Remedies Against Satan's Devices. Edinburgh: Banner of Truth, 1652.
- CALVINO, João. As Institutas da Religião Cristã. São Paulo: Cultura Cristã, 2006.
- EDWARDS, Jonathan. Obras Selecionadas. São Paulo: PES, 2003.
- EDWARDS, Jonathan. The Works of Jonathan Edwards, vol. 1. Edinburgh: Banner of Truth, 1834.
- GAFFIN JR., Richard B. The Centrality of the Resurrection. Grand Rapids: Baker, 1977.
- GURNALL, William. The Christian in Complete Armour, vol. 2. Edinburgh: Banner of Truth, 1665.
- HENRY, Matthew. Commentary on the Whole Bible. Peabody: Hendrickson, 1991.
- HODGE, A. A. Outlines of Theology. Edinburgh: Banner of Truth, 1871.
- HOEKSEMA, Herman. Reformed Dogmatics. Grand Rapids: RFPA, 1953.
- KUYPER, Abraham. The Work of the Holy Spirit. Grand Rapids: Eerdmans, 1902.
- LLOYD-JONES, D. Martyn. The Christian Warfare. Edinburgh: Banner of Truth, 1954.
- MURRAY, John. Redemption Accomplished and Applied. Grand Rapids: Eerdmans, 1955.
- OWEN, John. The Death of Death in the Death of Christ. London: Banner of Truth, 1656.
- OWEN, John. The Works of John Owen, vol. 10. Edinburgh: Banner of Truth, 1850.
- PACKER, J. I. Knowing God. Downers Grove: IVP, 1973.
- PIPER, John. Desiring God. Wheaton: Crossway, 2003.
- SIBBES, Richard. The Bruised Reed. Edinburgh: Banner of Truth, 1630.
- SPROUL, R. C. Essential Truths of the Christian Faith. Wheaton: Tyndale, 1997.
- SPURGEON, Charles H. Morning and Evening. London: Passmore and Alabaster, 1866.
- SPURGEON, Charles H. The Metropolitan Tabernacle Pulpit Sermons, vol. 21. London: Passmore and Alabaster, 1875.
- VAN TIL, Cornelius. Christian Apologetics. Philadelphia: Presbyterian and Reformed, 1974.
- BAVINCK, Herman. Teologia Sistemática. São Paulo: Cultura Cristã, 2003.
- BERKHOF, Louis. Teologia Sistemática. São Paulo: Cultura Cristã, 1990.
- BERKOUWER, G. C. The Return of Christ. Grand Rapids: Eerdmans, 1954.
- BROOKS, Thomas. Precious Remedies Against Satan's Devices. Edinburgh: Banner of Truth, 1652.
- CALVINO, João. As Institutas da Religião Cristã. São Paulo: Cultura Cristã, 2006.
- EDWARDS, Jonathan. Obras Selecionadas. São Paulo: PES, 2003.
- EDWARDS, Jonathan. The Works of Jonathan Edwards, vol. 1. Edinburgh: Banner of Truth, 1834.
- GAFFIN JR., Richard B. The Centrality of the Resurrection. Grand Rapids: Baker, 1977.
- GURNALL, William. The Christian in Complete Armour, vol. 2. Edinburgh: Banner of Truth, 1665.
- HENRY, Matthew. Commentary on the Whole Bible. Peabody: Hendrickson, 1991.
- HODGE, A. A. Outlines of Theology. Edinburgh: Banner of Truth, 1871.
- HOEKSEMA, Herman. Reformed Dogmatics. Grand Rapids: RFPA, 1953.
- KUYPER, Abraham. The Work of the Holy Spirit. Grand Rapids: Eerdmans, 1902.
- LLOYD-JONES, D. Martyn. The Christian Warfare. Edinburgh: Banner of Truth, 1954.
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- OWEN, John. The Death of Death in the Death of Christ. London: Banner of Truth, 1656.
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- PACKER, J. I. Knowing God. Downers Grove: IVP, 1973.
- PIPER, John. Desiring God. Wheaton: Crossway, 2003.
- SIBBES, Richard. The Bruised Reed. Edinburgh: Banner of Truth, 1630.
- SPROUL, R. C. Essential Truths of the Christian Faith. Wheaton: Tyndale, 1997.
- SPURGEON, Charles H. Morning and Evening. London: Passmore and Alabaster, 1866.
- SPURGEON, Charles H. The Metropolitan Tabernacle Pulpit Sermons, vol. 21. London: Passmore and Alabaster, 1875.
- VAN TIL, Cornelius. Christian Apologetics. Philadelphia: Presbyterian and Reformed, 1974.
REFERÊNCIAS BÍBLICAS:
- MOISÉS: Gênesis 3:15
- JOÃO: João 8
- JOÃO: João 8:44
- JOÃO: 1 João 3:8
- JOÃO: 1 João 3:10
- JOÃO: Apocalipse 12
- JOÃO: Apocalipse 20:1-3
- DANIEL: Daniel 7:13-14
- PAULO: Romanos 5:12-19
- PAULO: Romanos 16:20
- PAULO: 1 Coríntios 15:45-49
- PAULO: 2 Coríntios 1:5-7
- PAULO: Colossenses 1:24
- PAULO: Gálatas 3:16
- PAULO: Gálatas 3:29
- PAULO: Gálatas 4:4
- LUCAS: Lucas 24:26
- LUCAS: Lucas 24:46
- ISAÍAS: Isaías 53:12
- PEDRO: 1 Pedro 1:10-11
- AUTOR DE HEBREUS: Hebreus 12:14
- DAVI: Salmos 44:25
- DAVI: Salmos 72:9
- MOISÉS: Gênesis 3:15
- JOÃO: João 8
- JOÃO: João 8:44
- JOÃO: 1 João 3:8
- JOÃO: 1 João 3:10
- JOÃO: Apocalipse 12
- JOÃO: Apocalipse 20:1-3
- DANIEL: Daniel 7:13-14
- PAULO: Romanos 5:12-19
- PAULO: Romanos 16:20
- PAULO: 1 Coríntios 15:45-49
- PAULO: 2 Coríntios 1:5-7
- PAULO: Colossenses 1:24
- PAULO: Gálatas 3:16
- PAULO: Gálatas 3:29
- PAULO: Gálatas 4:4
- LUCAS: Lucas 24:26
- LUCAS: Lucas 24:46
- ISAÍAS: Isaías 53:12
- PEDRO: 1 Pedro 1:10-11
- AUTOR DE HEBREUS: Hebreus 12:14
- DAVI: Salmos 44:25
- DAVI: Salmos 72:9