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21/07/2025

Satanás é destinado rastejar, até os pés de Cristo esmagar sua cabeça.

Satanás é destinado rastejar, até os pés de Cristo esmagar sua cabeça.


20 de Julho de 2025. Brasil. Guidoval, MG.


RESUMO: Este artigo desenvolve, de modo aprofundado, a doutrina do poder limitado de Satanás, tendo como ponto de partida a promessa protoevangélica de GÊNESIS 3:15. A partir dessa semente escatológica, percorremos a história redentiva como revelada nas Escrituras, demonstrando que Satanás é um inimigo já derrotado, com poder estritamente subordinado à vontade soberana de Deus. Defendemos aqui uma abordagem inclusive bíblico monergista e cessacionista, fundamentada em uma tradição robusta de teólogos reformados, como CALVINO, OWEN, EDWARDS, BAVINCK, BERKHOF, SPURGEON, LLOYD-JONES, BROOKS, SIBBES, GURNALL, HOEKSEMA, MURRAY e outros. Portanto conforme esclarece a teologia reformada fundamentada na revelação bíblica principalmente, observa-se que o único poder de Satanás é o de cumprir seu destino irrevogável: rastejar até que sua cabeça seja esmagada debaixo dos pés de Jesus Cristo.
Gênesis 3:15 "Porei inimizade entre ti e a mulher, entre a tua descendência e o seu descendente. Este te ferirá a cabeça, e tu lhe ferirás o calcanhar. 

O presente artigo é fruto de minha mais recente leitura integral das Sagradas Escrituras. Para a glória de Deus somente, ao longo de minha caminhada de fé nesta leitura, a fiz com o propósito específico de investigar, com reverência e profundidade, até que ponto Deus permite a atuação de Satanás, do mal e dos ímpios, tanto no mundo quanto contra a Igreja. A partir dessa jornada exegética, conduzida sob a luz da tradição reformada, busco refletir sobre os limites da ação diabólica diante da soberania divina e da vitória consumada de Cristo. E até aqui, entendi que a Igreja não deve ser negligente e ser vigilante, porém não temer o Mau, pois que, o único destino que Satanás tem é de seguir seu destino de rastejar, para sua cabeça ser esmagada debaixo dos pés de Jesus. (DE QUEIROZ, Flávio Ferraz. 2025).

COMENTÁRIO: Ao longo do artigo, trouxe citações de teólogos reformadores, alguns puritanos, para fertilizar a reflexão e apreciação sobre o tema. Algumas porções de literaturas que não têm em nossa língua portuguesa mas com muito carinho tomei o cuidado de traduzir e garimpar de antigas leituras e anotações, para sua apreciação. Espero que goste, e que seja para sua edificação e para a glória de Deus somente. (DE QUEIROZ, Flávio Ferraz. Reverendo IPMR. 2025)

Inicialmente vamos refletir o que nos liga ao início de tudo. Já é sabido, que a humanidade herdou o pecado. Mas como o objetivo deste artigo é encorajar a igreja a confiar no poder que Jesus Cristo tem sobre o Mau, vamos já apresentar, que os escolhidos, a igreja, que o Pai deu à Cristo de antemão, foram feitos participantes de outra herdade em Cristo: Jesus Cristo é o descendente prometido a Abraão (Gl 3:16), e nós, unidos a Ele, somos coerdeiros da promessa (Gl 3:29). 

Gálatas 3:16,29 "Ora, as promessas foram feitas a Abraão e ao seu descendente. Não diz: E aos descendentes, como se falando de muitos, porém como de um só: E ao teu descendente, que é Cristo. [...] E, se sois de Cristo, também sois descendentes de Abraão e herdeiros segundo a promessa."

Somos os filhos da mulher, participantes da inimizade santa contra o mal. Já começamos participantes do conflito, mas não há desespero para os salvos, somos unidos também na solução em Cristo (nós os salvos, destinados para isto). E por falar em conflito, e as consequências do pecado, vejamos:

Salmo 44:25 "Pois a nossa alma está abatida até ao pó, e o nosso corpo, pegado ao chão."

Salmo 72:9 "Inclinem-se diante dele os habitantes do deserto, e os seus inimigos lambam o pó."  

Gênesis 3:14 "Então, o Senhor Deus disse à serpente: Visto que isto fizeste, maldita és entre todos os animais domésticos e o és entre todos os animais selváticos; rastejarás sobre o teu ventre e comerás pó todos os dias da tua vida." 

HOEKSEMA (1953, p. 276): “O Diabo jaz derrotado, rastejando na poeira, enquanto o Reino avança”.

Enquanto Sl 44:25 expressa a humilhação do povo de Deus, “abatidos até ao pó”. O Senhor também inspira o Sl 72:9 que afirma que os inimigos de Cristo “lamberão o pó”, uma linguagem que alude à maldição da serpente em Gn 3:14. 

Mediante isto, prossigamos.

Romanos 16:20 "E o Deus da paz, em breve, esmagará debaixo dos vossos pés a Satanás. A graça de nosso Senhor Jesus seja convosco."

Gênesis 3:15 "Porei inimizade entre ti e a mulher, entre a tua descendência e o seu descendente. Este te ferirá a cabeça, e tu lhe ferirás o calcanhar.

João 8:44 "Vós sois do diabo, que é vosso pai, e quereis satisfazer-lhe os desejos. Ele foi homicida desde o princípio e jamais se firmou na verdade, porque nele não há verdade. Quando ele profere mentira, fala do que lhe é próprio, porque é mentiroso e pai da mentira."

1 João 3:10 "Nisto são manifestos os filhos de Deus e os filhos do diabo: todo aquele que não pratica justiça não procede de Deus, nem aquele que não ama a seu irmão."

Apocalipse 20:1-3 "Então, vi descer do céu um anjo, que tinha na mão a chave do abismo e uma grande corrente. Ele segurou o dragão, a antiga serpente, que é o Diabo, Satanás, e o prendeu por mil anos; lançou-o no abismo, fechou-o e pôs selo sobre ele, para que não mais enganasse as nações, até se completarem os mil anos. Depois disto, é necessário que ele seja solto por pouco tempo.

É preciso entender que para comprender a Bíblia, precisamos compreender a linguagem com que ela traz a revelação d'aquilo que Deus quis revelar a nós, a respeito do Reino. Em Gênesis 3:15 é citado "tua descendência" e também "teu descendente". 

Em Gênesis 3:15, literalmente, a "tua descendência" é a descendência da serpente, isto é, de Satanás. Esta descendência da serpente, inclui: Satanás e seus anjos (Apocalipse 12); Homens ímpios em inimizade com Deus; Poderes terrenos hostis ao Reino de Deus (exemplo Faraó, Herodes, o anticristo etc.); e todo sistema anti-Deus e anti-Cristo ao longo da história. Figuradamente, refere-se a todos os que pertencem ao reino das trevas, os que se opõem a Deus, ímpios, rebeldes, mentirosos, perseguidores da verdade.

Gálatas 4:4 "Vindo, porém, a plenitude do tempo, Deus enviou seu Filho, nascido de mulher, nascido sob a lei."

Gálatas 3:16,29 "Ora, as promessas foram feitas a Abraão e ao seu descendente. Não diz: E aos descendentes, como se falando de muitos, porém como de um só: E ao teu descendente, que é Cristo. [...] E, se sois de Cristo, também sois descendentes de Abraão e herdeiros segundo a promessa.

Já o termo "teu descendente" se refere a um descendente específico da mulher. O "descendente da mulher" é, aponta em última instância, Jesus Cristo. Ele é o representante final da humanidade redimida, nascido de mulher (Gálatas 4:4). Ele é o que esmagará a cabeça da serpente, conforme Romanos 16:20 e Apocalipes 12 (capítulo extenso, transcrito no final deste artigo - Anexo I).

Esta linguagem bíblica expressa esse conflito e separação dos que pertencem ao bem seguindo-o, e os que perseguem o mau, seguindo-o, deixando claro a que e a quem está ligado cada grupo. Prosseguindo a reflexão sobre a questão da serpente, que é Satanás, o diabo, tem suas obras, vale refletir inclusive com os pensamentos dos nobres reformadores puritanos, a vitória de Jesus Cristo sobre o mau:

JOHN OWEN (1616–1683) "Cristo, pela sua morte, não apenas desarmou o Diabo, mas o humilhou. Ele não está apenas derrotado, mas subjugado; sua cabeça foi esmagada, e ele agora rasteja em derrota, esperando apenas sua execução final.” (The Works of John Owen, vol. 10, p. 186.)

THOMAS BROOKS (1608–1680) “Satanás pode ameaçar, mas não vencerá. Ele já foi julgado, e a sentença é clara: esmagado sob os pés de Cristo e da sua igreja. Toda sua fúria é a de um inimigo condenado, rastejando para o abismo.” (Precious Remedies Against Satan's Devices, p. 44.)

RICHARD SIBBES (1577–1635) “A cabeça de Satanás está quebrada; embora ainda se mova, ele não pode triunfar. Ele morde o calcanhar, mas Cristo o esmagou sob os pés. O povo de Deus pisa onde Cristo já venceu.” (The Bruised Reed, p. 75.)

WILLIAM GURNALL (1616–1679) “O Diabo é um general derrotado. Ele pode marchar e fazer ruído, mas já foi conquistado. A Igreja, pelo poder de Cristo, pisa sobre um inimigo que já está prostrado.” (The Christian in Complete Armour, vol. 2, p. 229.)

JONATHAN EDWARDS (1703–1758) “Satanás pode ainda reinar em corações ímpios, mas perante os pés de Cristo e sua igreja, ele está sendo continuamente esmagado. Cada conversão é mais um golpe em sua cabeça caída.” (Works of Jonathan Edwards, vol. 1, p. 386. Herdeiro dos puritanos)

CHARLES HADDON SPURGEON (1834–1892) “Satanás é como um réptil no pó. Cristo o esmagou, e a igreja, unida ao Salvador, o reduz cada vez mais à poeira. Ele morde o calcanhar, mas sempre perde a cabeça.” (Sermon: The Destroyer Destroyed, MTP, vol. 21, p. 534. Batista reformado)

MARTYN LLOYD-JONES (1899–1981) “Cristo, ao vencer na cruz, tornou a igreja parte ativa dessa vitória. Satanás foi esmagado e, agora, a igreja apenas o segue pisando em seus restos — ele está limitado, rastejando em ruína.” (The Christian Warfare, p. 112.)

Conhecida como proto-evangélica promessa, na teologia. Gênesis 3:15 traz na sentença contra a serpente um destino imparável. Deus estabelece uma guerra cósmica entre dois reinos: O da serpente e o do Descendente da mulher. 

JOHN OWEN (1656) afirma: “A cruz foi o instrumento da sentença final sobre a serpente; seu crânio foi esmagado ali, embora ela ainda se contorça até o Dia do Senhor”. 

BAVINCK (2003, p. 243) reconhece que toda a teologia da redenção se desenrola a partir desse versículo. E para VAN TIL (1974, p. 58), esta é a base antitética da história redentiva: “A guerra entre Cristo e Satanás estrutura toda a revelação bíblica”.

Deus revela, sem reservas, como um grito de glória: “Para isto se manifestou o Filho de Deus: para destruir as obras do diabo.” 

Peregrinando ainda sobre o tema, encontramos na Bíblia, sobre o pai da mentira e seus limites, a saber em João 8 e 1 João 3:8. Registra o Evangelho, segundo João, no capítulo 8 (capítulo extenso, transcrito no final deste artigo - Anexo I), que Jesus perdoa a mulher adúltera, dizendo: “Aquele que dentre vós estiver sem pecado seja o primeiro que lhe atire pedra.” Em seguida, ensina sobre ser a luz do mundo, confronta os fariseus e afirma: “Conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará.” Ele declara que a verdadeira liberdade é espiritual, não política, e que os filhos de Deus fazem as obras de Deus, mas os que rejeitam a verdade são filhos do diabo. Por fim, afirma: “Antes que Abraão existisse, EU SOU”, e os judeus tentam apedrejá-lo. 

CALVINO (2006, I.14.18) observa: “Satanás é como um cão acorrentado. Ele só ataca com a permissão de Deus”.  

ABRAHAM KUYPER (1902, p. 133) nota: “O Diabo só pode agir dentro dos limites estabelecidos pela providência divina”.

Revelando um pouco mais este conflito entre os Reinos, Jesus declara que o Diabo é “homicida desde o princípio” e “pai da mentira”. Houve um confronto entre Jesus e os líderes judeus, e isso, demonstra que, embora Satanás seja mentiroso e destruidor, sua influência é quebrada pela verdade de Cristo. 

João 8:44 "Vós sois do diabo, que é vosso pai, e quereis satisfazer-lhe os desejos. Ele foi homicida desde o princípio e jamais se firmou na verdade, porque nele não há verdade. Quando ele profere mentira, fala do que lhe é próprio, porque é mentiroso e pai da mentira."

1 João 3:8 "Aquele que pratica o pecado procede do diabo, porque o diabo vive pecando desde o princípio. Para isto se manifestou o Filho de Deus: para destruir as obras do diabo."

Mas a vitória é de Jesus Cristo. Sua glória e exaltação foi profetizada. A visão apocalíptica de Daniel 7:13-14 apresenta o Filho do Homem recebendo um reino eterno. Este é o Cristo glorificado, entronizado acima de todos os principados e potestades. 

Daniel 7:13-14 "Eu estava olhando nas minhas visões da noite, e eis que vinha com as nuvens do céu um como o Filho do Homem; e dirigiu-se ao Ancião de Dias, e o fizeram chegar até ele. Foi-lhe dado domínio, e glória, e o reino, para que os povos, nações e homens de todas as línguas o servissem; o seu domínio é domínio eterno, que não passará, e o seu reino jamais será destruído."

JONATHAN EDWARDS (2003, p. 142) ensina: “A entronização do Filho do Homem é o momento em que Satanás foi juridicamente derrotado perante o tribunal divino”.

Para BERKOUWER (1954, p. 312), “a entrega do Reino ao Messias é o fim da autoridade usurpada de Satanás neste mundo”.


A vitória de Cristo, o Segundo Adão e sua obra vitoriosa, gloriosa. A queda veio pelo primeiro Adão; a vitória, pelo Segundo. Paulo ensina que “por um homem entrou o pecado no mundo” (Rm 5:12), mas “pela obediência de um só muitos se tornarão justos” (Rm 5:19).

Romanos 5:12-19 "Portanto, assim como por um só homem entrou o pecado no mundo, e, pelo pecado, a morte, assim também a morte passou a todos os homens, porque todos pecaram. Porque até ao regime da lei havia pecado no mundo, mas o pecado não é levado em conta quando não há lei. Entretanto, reinou a morte desde Adão até Moisés, mesmo sobre aqueles que não pecaram à semelhança da transgressão de Adão, o qual prefigurava aquele que havia de vir. Todavia, não é assim o dom gratuito como a ofensa; porque, se, pela ofensa de um, morreram muitos, muito mais a graça de Deus e o dom pela graça de um só homem, Jesus Cristo, foram abundantes sobre muitos. O dom, entretanto, não é como no caso em que somente um pecou; porque o julgamento derivou de uma só ofensa para condenação, mas a graça transcorre de muitas ofensas para justificação. Se, pela ofensa de um e por meio de um só, reinou a morte, muito mais os que recebem a abundância da graça e o dom da justiça reinarão em vida por meio de um só, a saber, Jesus Cristo. Pois assim como, por uma só ofensa, veio o juízo sobre todos os homens para condenação, assim também, por um só ato de justiça, veio a graça sobre todos os homens para a justificação que dá vida. Porque, como, pela desobediência de um só homem, muitos se tornaram pecadores, assim também, por meio da obediência de um só, muitos se tornarão justos."

Em 1 CORÍNTIOS 15:45-49, Cristo é o último Adão, celestial, autor da nova criação. 

1 Coríntios 15:45-49 "Pois assim está escrito: O primeiro homem, Adão, foi feito alma vivente. O último Adão, porém, é espírito vivificante. Mas não é primeiro o espiritual, e sim o natural; depois, o espiritual. O primeiro homem, formado da terra, é terreno; o segundo homem é do céu. Como foi o primeiro homem, o terreno, tais são também os demais homens terrenos; e, como é o homem celestial, tais também os celestiais. E, assim como trouxemos a imagem do que é terreno, devemos trazer também a imagem do celestial."

A. A. HODGE (1871, p. 225) diz: “Se Adão perdeu para a serpente, Cristo venceu por sua Igreja”. 

E MURRAY (1955, p. 206) declara: “O triunfo de Cristo é completo e irreversível, fundado na sua obediência substitutiva”.

A Igreja que o alvo de Cristo, participa de Sua vitória consequentemente “O Deus da paz esmagará em breve Satanás debaixo dos vossos pés” (Rm 16:20). A vitória de Cristo é comunicada à Igreja, que compartilha do domínio sobre o inimigo.

Romanos 16:20 "E o Deus da paz, em breve, esmagará debaixo dos vossos pés a Satanás. A graça de nosso Senhor Jesus seja convosco."

LLOYD-JONES (1954, p. 89): “Cada vez que resistimos ao Diabo, contribuímos para a sua derrota escatológica”.

MATTHEW HENRY comenta: “Cristo vence por nós, mas também vence em nós”.

A vitória de Cristo, e sua igreja foi fundamentada no sofrimento. O sofrimento de Cristo é o caminho para a sua glória. Profetizado em Is 53:12 “foi contado com os transgressores” e confirmado por Jesus em LUCAS 24:26,46: “Porventura não convinha que o Cristo padecesse estas coisas e entrasse na sua glória?”.

J. I. PACKER (1973, p. 191) escreve: “A cruz não foi fracasso, mas triunfo supremo contra o inferno”.

1 Pedro 1:10-11 "Foi a respeito desta salvação que os profetas indagaram e inquiriram, os quais profetizaram acerca da graça a vós outros destinada, investigando atentamente qual ocasião ou quais as circunstâncias oportunas indicadas pelo Espírito de Cristo, que neles estava, ao dar de antemão testemunho sobre os sofrimentos referentes a Cristo e sobre as glórias que os seguiriam."

Isaías 53:12 "Por isso, eu lhe darei muitos como a sua parte, e com os poderosos repartirá ele o despojo; porquanto derramou a sua alma na morte, foi contado com os transgressores; contudo, levou sobre si o pecado de muitos e pelos transgressores intercedeu."

Lucas 24:26,46 "Porventura, não convinha que o Cristo padecesse e entrasse na sua glória? [...] Assim está escrito que o Cristo havia de padecer e ressuscitar dentre os mortos no terceiro dia."

E quanto ao sofrimento, para a glória de Deus, a igreja participa. A Participação dos Santos é registrada.

2 Coríntios 1:5-7 "Porque, assim como os sofrimentos de Cristo se manifestam em grande medida a nosso favor, assim também a nossa consolação transborda por meio de Cristo. Mas, se somos atribulados, é para a vossa consolação e salvação; se somos consolados, é também para a vossa consolação; a qual se torna eficaz, suportando vós com paciência os mesmos sofrimentos que nós também padecemos. A nossa esperança a respeito de vós está firme, sabendo que, como sois participantes dos sofrimentos, assim o sereis da consolação."

Colossenses 1:24 "Agora, me regozijo nos meus sofrimentos por vós e preencho o que resta das aflições de Cristo na minha carne, a favor do seu corpo, que é a igreja."

Gálatas 3:16,29 "Ora, as promessas foram feitas a Abraão e ao seu descendente. Não diz: E aos descendentes, como se falando de muitos, porém como de um só: E ao teu descendente, que é Cristo. [...] E, se sois de Cristo, também sois descendentes de Abraão e herdeiros segundo a promessa."

Os crentes compartilham dos sofrimentos de Cristo (2 Co 1:5-7) e “completam em sua carne o que resta das aflições de Cristo” (Cl 1:24), não no sentido expiatório, mas como testemunhas.

SPROUL (1997, p. 312): “Nosso sofrimento é instrumento pedagógico da vitória de Cristo”. 

PIPER (2003, p. 243) acrescenta: “Sofrer com Cristo é declarar que Ele vale mais que o mundo”.

Hebreus 12:14 "Segui a paz com todos e a santificação, sem a qual ninguém verá o Senhor."


Anexo à este, segue a mensagem expositiva ministrada pelo professor Flávio Ferraz de Queiroz, em no culto ao Senhor realizado em 20/07/2025 , como síntese deste artigo.

Anexo: Vídeo [35 min] - Mensagem expositiva, Rev. Flávio:

Fonte:  PodDicere - Podcast da Igreja PMR.


CONCLUIMOS, em suma, então. Satanás não tem poder criativo, soberano ou autônomo. É criatura caída, derrotada na cruz, limitada no presente, e destinada à destruição final. O único poder que lhe resta é cumprir seu decreto de juízo ser esmagado debaixo dos pés de Jesus Cristo e de sua Igreja. 

Como disse SPURGEON (1866): “Satanás é um leão com coleira curta. Ele só ruge onde Deus permite”.

Concluir mais uma leitura da Bíblia toda (121ª para a glória de Deus somente), foi, acima de tudo, uma experiência de renovação interior. Ao reencontrar, versículo por versículo, o fio contínuo da fidelidade de Deus, fui tomado por uma paz real não como ausência de conflito, mas como certeza de que o mal não prevalecerá. A segurança de que Satanás já está condenado e terá sua cabeça esmagada por Cristo trouxe alento à alma. Nessa leitura, tornou-se ainda mais claro que a história caminha com firmeza rumo ao dia em que toda injustiça será desfeita, e os redimidos viverão, após a ressurreição, sob um Reino de justiça e paz verdadeira. Essa esperança, longe de ser mera abstração teológica, é o consolo diário de quem confia no Cordeiro vencedor.


Uma curiosidade: Além da vitória sobre Satanás, a Bíblia registra também sobre uma prisão. Apocalipse 20:1-3 mostra que Satanás está preso por mil anos. Apocalipse 12 apresenta a mesma ideia de queda e limitação após a ascensão de Cristo. Satanás é impedido de enganar as nações como antes. E sobre este tema recomendo um estudo mais aprofundado sobre amilenismo.

Apocalipse 20:1-3 "Então, vi descer do céu um anjo, que tinha na mão a chave do abismo e uma grande corrente. Ele segurou o dragão, a antiga serpente, que é o Diabo, Satanás, e o prendeu por mil anos; lançou-o no abismo, fechou-o e pôs selo sobre ele, para que não mais enganasse as nações, até se completarem os mil anos. Depois disto, é necessário que ele seja solto por pouco tempo."

BERKHOF (1990, p. 708) afirma: “Esta prisão é a restrição estratégica de Satanás durante a era da Igreja”. 

GAFFIN (1977, p. 122) complementa: “Vivemos a era da limitação diabólica; o evangelho avança porque o Dragão está preso”.


Acesse mais conteúdos sobre este tema aqui, haja visto que este artigo acima é só uma parte do assunto que não se esgota em um único artigo, obviamente. É importantíssimo continuar estudando, crescendo em graça e conhecimento nas coisas do Senhor.

 

Igreja Primeiro Ministério Reformador  
QUEIROZ, Flávio Ferraz de.  
Reverendo (2025) 20 de Junho. Guidoval / MG.  
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ANEXO I - Textos Longos:

João 8 "Jesus, entretanto, foi para o monte das Oliveiras. De madrugada, voltou novamente para o templo, e todo o povo ia ter com ele; e, assentado, os ensinava. Os escribas e fariseus trouxeram à sua presença uma mulher surpreendida em adultério e, fazendo-a ficar de pé no meio de todos, disseram a Jesus: Mestre, esta mulher foi apanhada em flagrante adultério. E, na Lei, nos mandou Moisés que tais mulheres sejam apedrejadas; tu, pois, que dizes? Isto diziam eles tentando-o, para terem de que o acusar. Mas Jesus, inclinando-se, escrevia na terra com o dedo. Como insistissem na pergunta, Jesus se levantou e lhes disse: Aquele que dentre vós estiver sem pecado seja o primeiro que lhe atire pedra. E, tornando a inclinar-se, continuou a escrever no chão. Mas, ouvindo eles esta resposta e acusados pela própria consciência, foram se retirando um por um, a começar pelos mais velhos até aos últimos, ficando só Jesus e a mulher no meio onde estava. Erguendo-se Jesus e não vendo a ninguém mais além da mulher, perguntou-lhe: Mulher, onde estão aqueles teus acusadores? Ninguém te condenou? Respondeu ela: Ninguém, Senhor! Então, lhe disse Jesus: Nem eu tampouco te condeno; vai e não peques mais. De novo, lhes falava Jesus, dizendo: Eu sou a luz do mundo; quem me segue não andará nas trevas; pelo contrário, terá a luz da vida. Disseram-lhe, pois, os fariseus: Tu dás testemunho de ti mesmo; logo, o teu testemunho não é verdadeiro. Respondeu Jesus e disse-lhes: Posto que eu testifico de mim mesmo, o meu testemunho é verdadeiro, porque sei de onde vim e para onde vou; mas vós não sabeis de onde venho, nem para onde vou. Vós julgais segundo a carne, eu a ninguém julgo. Se, todavia, eu julgo, o meu juízo é verdadeiro, porque não sou eu só, porém eu e aquele que me enviou. Também na vossa lei está escrito que o testemunho de dois homens é verdadeiro. Eu testifico de mim mesmo, e o Pai, que me enviou, também testifica de mim. Então, lhe perguntaram: Onde está teu Pai? Respondeu Jesus: Não me conheceis a mim, nem a meu Pai; se conhecêsseis a mim, também conheceríeis a meu Pai. Proferiu ele estas palavras no lugar do cofre das ofertas, quando ensinava no templo; e ninguém o prendeu, porque ainda não era chegada a sua hora. De outra feita, lhes falou, dizendo: Vou retirar-me, e vós me procurareis, mas perecereis no vosso pecado; para onde eu vou, vós não podeis ir. Então, diziam os judeus: Terá ele acaso a intenção de suicidar-se, quando diz: Para onde eu vou, vós não podeis ir? E prosseguiu: Vós sois cá de baixo, eu sou lá de cima; vós sois deste mundo, eu deste mundo não sou. Por isso, eu vos disse que morrereis nos vossos pecados; porque, se não crerdes que eu sou, morrereis nos vossos pecados. Então, lhe perguntaram: Quem és tu? Respondeu-lhes Jesus: Que é que desde o princípio vos tenho dito? Muitas coisas tenho para dizer a vosso respeito e vos julgar; porém aquele que me enviou é verdadeiro, de modo que as coisas que dele ouvi, essas digo ao mundo. Eles, porém, não atinaram que lhes falava do Pai. Disse-lhes, pois, Jesus: Quando levantardes o Filho do Homem, então sabereis que eu sou e que nada faço por mim mesmo, mas falo como o Pai me ensinou. E aquele que me enviou está comigo, não me deixou só, porque eu faço sempre o que lhe agrada. Dizendo ele estas coisas, muitos creram nele. Disse, pois, Jesus aos judeus que haviam crido nele: Se vós permaneceres na minha palavra, sois verdadeiramente meus discípulos; e conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará. Responderam-lhe: Somos descendência de Abraão e jamais fomos escravos de alguém; como dizes tu: Sereis livres? Replicou-lhes Jesus: Em verdade, em verdade vos digo: todo o que comete pecado é escravo do pecado. O escravo não fica sempre na casa; o filho, sim, para sempre. Se, pois, o Filho vos libertar, verdadeiramente sereis livres. Bem sei que sois descendência de Abraão; contudo, procurais matar-me, porque a minha palavra não está em vós. Eu falo das coisas que vi junto de meu Pai; vós, porém, fazeis o que vistes em vosso pai. Então, lhe responderam: Nosso pai é Abraão. Disse-lhes Jesus: Se sois filhos de Abraão, praticai as obras de Abraão. Mas agora procurais matar-me, a mim que vos tenho falado a verdade que ouvi de Deus; assim não procedeu Abraão. Vós fazeis as obras de vosso pai. Disseram-lhe eles: Nós não somos bastardos; temos um pai que é Deus. Replicou-lhes Jesus: Se Deus fosse, de fato, vosso Pai, certamente, me havíeis de amar, porque eu vim de Deus e aqui estou; pois não vim de mim mesmo, mas ele me enviou. Qual a razão por que não compreendeis a minha linguagem? É porque sois incapazes de ouvir a minha palavra. Vós sois do diabo, que é vosso pai, e quereis satisfazer-lhe os desejos. Ele foi homicida desde o princípio e jamais se firmou na verdade, porque nele não há verdade. Quando ele profere mentira, fala do que lhe é próprio, porque é mentiroso e pai da mentira. Mas, porque eu digo a verdade, não me credes. Quem dentre vós me convence de pecado? Se vos digo a verdade, por que razão não me credes? Quem é de Deus ouve as palavras de Deus; por isso, não me dais ouvidos, porque não sois de Deus. Responderam os judeus: Não temos razão em dizer que és samaritano e tens demônio? Replicou Jesus: Eu não tenho demônio; pelo contrário, honro a meu Pai, e vós me desonrais. Eu não procuro a minha própria glória; há quem a busque e julgue. Em verdade, em verdade vos digo: se alguém guardar a minha palavra, não verá a morte, eternamente. Disseram-lhe os judeus: Agora, estamos certos de que tens demônio. Abraão morreu, e também os profetas; e tu dizes: Se alguém guardar a minha palavra, não provará a morte, eternamente. És maior do que o nosso pai Abraão, que morreu? Também os profetas morreram; quem, pois, te fazes ser? Respondeu Jesus: Se eu me glorifico a mim mesmo, a minha glória nada é; quem me glorifica é meu Pai, o qual vós dizeis ser vosso Deus. Entretanto, vós não o tendes conhecido; eu, porém, o conheço. Se eu disser que não o conheço, serei como vós, mentiroso; mas eu o conheço e guardo a sua palavra. Vosso pai Abraão alegrou-se por ver o meu dia, viu-o e regozijou-se. Perguntaram-lhe, pois, os judeus: Ainda não tens cinquenta anos e viste Abraão? Respondeu-lhes Jesus: Em verdade, em verdade vos digo: antes que Abraão existisse, eu sou. Então, pegaram em pedras para atirarem nele; mas Jesus se ocultou e saiu do templo."

Apocalipse 12 "Viu-se grande sinal no céu, a saber, uma mulher vestida do sol, com a lua debaixo dos pés e uma coroa de doze estrelas na cabeça, que, achando-se grávida, grita com as dores de parto, sofrendo tormentos para dar à luz. Viu-se também outro sinal no céu, e eis um dragão, grande, vermelho, com sete cabeças, dez chifres e, nas cabeças, sete diademas. A sua cauda arrastava a terça parte das estrelas do céu, as quais lançou para a terra. E o dragão se deteve em frente da mulher que estava para dar à luz, a fim de lhe devorar o filho quando nascesse. Nasceu-lhe, pois, um filho varão, que há de reger todas as nações com cetro de ferro; e o seu filho foi arrebatado para Deus até ao seu trono. A mulher, porém, fugiu para o deserto, onde lhe havia Deus preparado lugar para que nele a sustentem durante mil duzentos e sessenta dias. Houve peleja no céu. Miguel e os seus anjos pelejaram contra o dragão. Também pelejaram o dragão e seus anjos; todavia, não prevaleceram; nem mais se achou no céu o lugar deles. E foi expulso o grande dragão, a antiga serpente, que se chama diabo e Satanás, o sedutor de todo o mundo, sim, foi atirado para a terra, e, com ele, os seus anjos. Então, ouvi grande voz do céu, proclamando: Agora veio a salvação, o poder, o reino do nosso Deus e a autoridade do seu Cristo, pois foi expulso o acusador de nossos irmãos, o mesmo que os acusa de dia e de noite, diante do nosso Deus. Eles, pois, o venceram por causa do sangue do Cordeiro e por causa da palavra do testemunho que deram e, mesmo em face da morte, não amaram a própria vida. Por isso, festejai, ó céus, e vós, os que neles habitais. Ai da terra e do mar, pois o diabo desceu até vós, cheio de grande cólera, sabendo que pouco tempo lhe resta. Quando, pois, o dragão se viu atirado para a terra, perseguiu a mulher que dera à luz o filho varão. E foram dadas à mulher as duas asas da grande águia, para que voasse até ao deserto, ao seu lugar, aí onde é sustentada durante um tempo, tempos e metade de um tempo, fora da vista da serpente. Então, a serpente arrojou da sua boca, atrás da mulher, água como um rio, a fim de fazer com que ela fosse arrebatada pelo rio. A terra, porém, socorreu a mulher, e a terra abriu a boca e engoliu o rio que o dragão tinha arrojado da sua boca. Irou-se o dragão contra a mulher e foi pelejar com os restantes da sua descendência, os que guardam os mandamentos de Deus e têm o testemunho de Jesus; e se pôs em pé sobre a areia do mar."


REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:

  • BAVINCK, Herman. Teologia Sistemática. São Paulo: Cultura Cristã, 2003.
  • BERKHOF, Louis. Teologia Sistemática. São Paulo: Cultura Cristã, 1990.
  • BERKOUWER, G. C. The Return of Christ. Grand Rapids: Eerdmans, 1954.
  • BROOKS, Thomas. Precious Remedies Against Satan's Devices. Edinburgh: Banner of Truth, 1652.
  • CALVINO, João. As Institutas da Religião Cristã. São Paulo: Cultura Cristã, 2006.
  • EDWARDS, Jonathan. Obras Selecionadas. São Paulo: PES, 2003.
  • EDWARDS, Jonathan. The Works of Jonathan Edwards, vol. 1. Edinburgh: Banner of Truth, 1834.
  • GAFFIN JR., Richard B. The Centrality of the Resurrection. Grand Rapids: Baker, 1977.
  • GURNALL, William. The Christian in Complete Armour, vol. 2. Edinburgh: Banner of Truth, 1665.
  • HENRY, Matthew. Commentary on the Whole Bible. Peabody: Hendrickson, 1991.
  • HODGE, A. A. Outlines of Theology. Edinburgh: Banner of Truth, 1871.
  • HOEKSEMA, Herman. Reformed Dogmatics. Grand Rapids: RFPA, 1953.
  • KUYPER, Abraham. The Work of the Holy Spirit. Grand Rapids: Eerdmans, 1902.
  • LLOYD-JONES, D. Martyn. The Christian Warfare. Edinburgh: Banner of Truth, 1954.
  • MURRAY, John. Redemption Accomplished and Applied. Grand Rapids: Eerdmans, 1955.
  • OWEN, John. The Death of Death in the Death of Christ. London: Banner of Truth, 1656.
  • OWEN, John. The Works of John Owen, vol. 10. Edinburgh: Banner of Truth, 1850.
  • PACKER, J. I. Knowing God. Downers Grove: IVP, 1973.
  • PIPER, John. Desiring God. Wheaton: Crossway, 2003.
  • SIBBES, Richard. The Bruised Reed. Edinburgh: Banner of Truth, 1630.
  • SPROUL, R. C. Essential Truths of the Christian Faith. Wheaton: Tyndale, 1997.
  • SPURGEON, Charles H. Morning and Evening. London: Passmore and Alabaster, 1866.
  • SPURGEON, Charles H. The Metropolitan Tabernacle Pulpit Sermons, vol. 21. London: Passmore and Alabaster, 1875.
  • VAN TIL, Cornelius. Christian Apologetics. Philadelphia: Presbyterian and Reformed, 1974.

REFERÊNCIAS BÍBLICAS:

  • MOISÉS: Gênesis 3:15
  • JOÃO: João 8
  • JOÃO: João 8:44
  • JOÃO: 1 João 3:8
  • JOÃO: 1 João 3:10
  • JOÃO: Apocalipse 12
  • JOÃO: Apocalipse 20:1-3
  • DANIEL: Daniel 7:13-14
  • PAULO: Romanos 5:12-19
  • PAULO: Romanos 16:20
  • PAULO: 1 Coríntios 15:45-49
  • PAULO: 2 Coríntios 1:5-7
  • PAULO: Colossenses 1:24
  • PAULO: Gálatas 3:16
  • PAULO: Gálatas 3:29
  • PAULO: Gálatas 4:4
  • LUCAS: Lucas 24:26
  • LUCAS: Lucas 24:46
  • ISAÍAS: Isaías 53:12
  • PEDRO: 1 Pedro 1:10-11
  • AUTOR DE HEBREUS: Hebreus 12:14
  • DAVI: Salmos 44:25
  • DAVI: Salmos 72:9

14/07/2025

Deus Forte se ofereceu uma vez para sempre para tirar os pecados de muitos.

Deus Forte se ofereceu uma vez para sempre para tirar os pecados de muitos. 

A Luz que Rompe as Trevas: Redenção e Comunhão na Ceia do Senhor.

A Ceia do Senhor não é um rito isolado na vida da igreja, mas está profundamente enraizada na história da redenção. Os textos de Isaías e Hebreus apresentam a expectativa e o cumprimento da obra redentora de Cristo, enquanto 1 Coríntios 11 articula sua continuidade no culto cristão. O presente artigo busca conectar essas passagens à doutrina reformada da Ceia, à luz da soberania de Deus e da centralidade da cruz. #ceia

Fundamentos Biblicistas:

  • Maravilhoso Conselheiro, Deus Forte, Pai da Eternidade, Príncipe da Paz, se manifestou uma vez por todas, para aniquilar, pelo sacrifício de si mesmo, o pecado.
  • Porque um menino nos nasceu, um filho se nos deu
  • Aos homens está ordenado morrerem uma só vez, vindo, depois disto, o juízo.
  • Cristo, tendo-se oferecido uma vez para sempre para tirar os pecados de muitos, aparecerá segunda vez, sem pecado, aos que o aguardam para a salvação.
  • Porque tu quebraste o jugo que pesava sobre eles, a vara que lhes feria os ombros e o cetro do seu opressor.
  • Porque o tirano é reduzido a nada, e se consome o escarnecedor, e todos os que se dão à iniqüidade são exterminados.
  • Os mansos terão regozijo sobre regozijo no Senhor, e os necessitados exultarão no Santo de Israel. 


A luz prometida e a obra de restauração.

O profeta Isaías anuncia tanto julgamento quanto restauração. Em Isaías 29:17-24, a promessa de transformação do deserto em campo fértil representa a regeneração espiritual promovida por Deus. A imagem dos surdos ouvindo e dos cegos vendo é emblemática da obra monergística de Deus na salvação (cf. Jo 6:44). Como observa CALVINO: "Não há homem que por si mesmo possa ser elevado a Cristo, senão pela iluminação secreta do Espírito" (CALVINO, 2009, Comentário de Isaías, v. 2, p. 241).

Isaías 9:1-7 amplia essa esperança messiânica. A luz que resplandece sobre os que habitavam na região da sombra da morte é uma antecipação direta do advento de Cristo (Mt 4:14-16). O "Menino" é descrito como "Deus Forte", título inconfundível da divindade. Ele é o fundamento do governo eterno de justiça e paz. Em linguagem escatológica e real, vemos aqui o cumprimento da aliança davídica em Cristo. Como afirma OWEN: "Todo o pacto da graça depende da mediação deste Filho eterno" (OWEN, 2003, The Death of Death in the Death of Christ, p. 69).

João 6:44 Ninguém pode vir a mim se o Pai, que me enviou, não o trouxer; e eu o ressuscitarei no último dia. (GENEBRA, Bíblia, Língua portuguesa.)

Mateus 4:14-16 Para que se cumprisse o que fora dito por intermédio do profeta Isaías: Terra de Zebulom, terra de Naftali, caminho do mar, além do Jordão, Galileia dos gentios! O povo que jazia em trevas viu grande luz, e aos que viviam na região e sombra da morte resplandeceu-lhes a luz. (GENEBRA, Bíblia, Língua portuguesa.) 

A Ceia como memorial e proclamação.

Em 1 Coríntios 11:23-34, o apóstolo Paulo reafirma que a Ceia é um memorial da morte de Cristo. O pão e o cálice não são apenas símbolos visuais, mas são, em si mesmos, meios pelos quais os fiéis são fortalecidos espiritualmente. O modo indigno de participação revela não só a seriedade do rito, mas também a exigência de autoexame. Para ZWINGLIO, a Ceia "é um sinal visível da graça invisível, que nos torna participantes, não por presença física, mas por fé verdadeira" (ZWINGLI, 1984, Selected Works of Huldreich Zwingli, p. 385).

A comunhão no corpo de Cristo não se limita a um ato comunitário externo, mas inclui uma apropriação espiritual real, ainda que não física, da presença de Cristo. Isso está em harmonia com o entendimento reformado da presença espiritual real, distinta da transubstanciação ou consubstanciação. Como expressa BEZA: "Cristo está presente na Ceia, não pela carne, mas pela eficácia do seu Espírito" (BEZA, 1577, Confessio Christianae Fidei, cap. V).

Cristo como sacerdote eterno e sacrifício único.

Hebreus 9:23-28 é uma das mais elevadas expressões do sacerdócio eterno de Cristo. Ele não entra em santuários terrenos, mas no céu mesmo, oferecendo não sangue alheio, mas a si próprio. A tipologia levítica encontra seu fim na realidade do sacrifício vicário. Como escreve TURRETINI: "Cristo é não só o sacerdote, mas também o sacrifício; a vítima e o ofertante se unem em sua pessoa" (TURRETINI, 1992, Institutes of Elenctic Theology, v. 2, p. 381).

A Ceia do Senhor aponta retrospectivamente para esse único sacrifício e prospectivamente para a consumação escatológica: “até que Ele venha” (1Co 11:26). Há, portanto, um duplo movimento: memorial e esperança, cruz e parusia.

 

Para leitura e apreciação biblicista.

Anexo à este, segue a mensagem expositiva ministrada pelo professor Flávio Ferraz de Queiroz, na Ceia do Senhor realizada em 13/07/2025 #ceia #ceiadosenhor , pauta nas seguintes referências bíblicas: Isaías 29:17-24, Isaías 9:1-7, 1 Coríntios 11:23-34 e Hebreus 9:23-28. 

Isaías 29:17-24 Porventura, dentro de pouco, o Líbano se transformará em campo fértil, e o campo fértil será tido por um bosque? Naquele dia, os surdos ouvirão as palavras do livro, e, dentre as trevas e das trevas profundas, os olhos dos cegos as verão. Os mansos terão regozijo sobre regozijo no Senhor, e os necessitados exultarão no Santo de Israel. Porque o tirano é reduzido a nada, e se consome o escarnecedor, e todos os que se dão à iniqüidade são exterminados, os quais, havendo alguém para condenar, armam ciladas, e ao que repreende na porta da cidade fazem cair no erro e sem razão negam justiça ao inocente. Pelo que assim diz o Senhor, que remiu a Abraão, acerca da casa de Jacó: Jacó não será mais envergonhado, nem mais se empalidecerá o seu rosto; mas, quando ele, seus filhos, virem a obra das minhas mãos no meio deles, santificarão o meu nome; santificarão o Santo de Jacó e temerão ao Deus de Israel. Os errados de espírito virão a ter entendimento, e os murmuradores aceitarão instrução. (GENEBRA, Bíblia, Língua portuguesa.)

Isaías 9:1-7 Mas para a terra que estava aflita não continuará a obscuridade. Deus, nos primeiros tempos, tornou desprezível a terra de Zebulom e a terra de Naftali; mas, nos últimos, tornará glorioso o caminho do mar, além do Jordão, a Galileia dos gentios. O povo que andava em trevas viu grande luz, e aos que viviam na região da sombra da morte resplandeceu-lhes a luz. Tens multiplicado este povo, a alegria lhe aumentaste; alegram-se eles diante de ti, como se alegram na ceifa e como exultam quando repartem os despojos. Porque tu quebraste o jugo que pesava sobre eles, a vara que lhes feria os ombros e o cetro do seu opressor, como no dia dos midianitas. Porque toda bota com que anda o guerreiro no tumulto da batalha e toda veste revolvida em sangue serão queimadas, servirão de pasto ao fogo. Porque um menino nos nasceu, um filho se nos deu; o governo está sobre os seus ombros; e o seu nome será: Maravilhoso Conselheiro, Deus Forte, Pai da Eternidade, Príncipe da Paz. Para que se aumente o seu governo e venha paz sem fim sobre o trono de Davi e sobre o seu reino, para o estabelecer e o firmar mediante o juízo e a justiça, desde agora e para sempre. O zelo do Senhor dos Exércitos fará isso. (GENEBRA, Bíblia, Língua portuguesa.) 

 

Anexo: Vídeo [30 min] - Mensagem expositiva, Rev. Flávio:

Fonte:  PodDicere - Podcast da Igreja PMR.

1 Coríntios 11:23-34 Porque eu recebi do Senhor o que também vos entreguei: que o Senhor Jesus, na noite em que foi traído, tomou o pão; e, tendo dado graças, o partiu e disse: Isto é o meu corpo, que é dado por vós; fazei isto em memória de mim. Por semelhante modo, depois de haver ceado, tomou também o cálice, dizendo: Este cálice é a nova aliança no meu sangue; fazei isto, todas as vezes que o beberdes, em memória de mim. Porque, todas as vezes que comerdes este pão e beberdes o cálice, anunciais a morte do Senhor, até que ele venha. Por isso, aquele que comer o pão ou beber o cálice do Senhor, indignamente, será réu do corpo e do sangue do Senhor. Examine-se, pois, o homem a si mesmo, e, assim, coma do pão e beba do cálice; pois quem come e bebe sem discernir o corpo, come e bebe juízo para si. Eis a razão por que há entre vós muitos fracos e doentes, e não poucos que dormem. Porque, se nos julgássemos a nós mesmos, não seríamos julgados. Mas, quando julgados, somos disciplinados pelo Senhor, para não sermos condenados com o mundo. Assim, pois, irmãos meus, quando vos reunis para comer, esperai uns pelos outros. Se alguém tem fome, coma em casa, a fim de não vos reunirdes para juízo. Quanto às demais coisas, eu as ordenarei quando for ter convosco. (GENEBRA, Bíblia, Língua portuguesa.)

Hebreus 9:23-28 Era necessário, portanto, que as figuras das coisas que se acham nos céus se purificassem com tais sacrifícios, mas as próprias coisas celestiais, com sacrifícios a eles superiores. Porque Cristo não entrou em santuário feito por mãos, figura do verdadeiro, porém no mesmo céu, para comparecer, agora, por nós, diante de Deus; nem ainda para se oferecer a si mesmo muitas vezes, como o sumo sacerdote cada ano entra no Santo dos Santos com sangue alheio. Ora, neste caso, seria necessário que ele tivesse sofrido muitas vezes desde a fundação do mundo; agora, porém, ao se cumprir os tempos, se manifestou uma vez por todas, para aniquilar, pelo sacrifício de si mesmo, o pecado. E, assim como aos homens está ordenado morrerem uma só vez, vindo, depois disto, o juízo, assim também Cristo, tendo-se oferecido uma vez para sempre para tirar os pecados de muitos, aparecerá segunda vez, sem pecado, aos que o aguardam para a salvação. (GENEBRA, Bíblia, Língua portuguesa.)

Os textos analisados convergem para uma compreensão rica e profunda da Ceia do Senhor como memorial da redenção efetuada por Cristo, como meio de graça à Igreja e como anúncio da consumação final. 

A doutrina reformada da Ceia está fundamentada não em um simbolismo vazio, mas em uma realidade espiritual operada soberanamente por Deus. Participar da Ceia é, portanto, um ato de fé, reverência e esperança.

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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:

  • BEZA, THEODORE. Confessio Christianae Fidei. Geneva: Jean Crespin, 1577.
  • CALVINO, JOÃO. Comentário de Isaías. São Paulo: Paracletos, 2009. v. 2.
  • OWEN, JOHN. The Death of Death in the Death of Christ. Edinburgh: Banner of Truth Trust, 2003.
  • TURRETINI, FRANCIS. Institutes of Elenctic Theology. Phillipsburg: P&R Publishing, 1992. v. 2.
  • ZWINGLI, HULDREICH. Selected Works of Huldreich Zwingli. Ed. Samuel M. Jackson. Philadelphia: University of Pennsylvania Press, 1984.

REFERÊNCIAS BÍBLICAS:

  • ISAÍAS, Isaías 29:17-24.
  • ISAÍAS, Isaías 9:1-7.
  • PAULO, 1 Coríntios 11:23-34.
  • DESCONHECIDO Escritor, Hebreus 9:23-28.
  • JOÃO, Jo 6:44.
  • MATEUS, Mt 4:14-16.

04/07/2025

A vontade soberana de Deus como fonte única da salvação.

A vontade soberana de Deus como fonte única da salvação.

Uma perspectiva monergista reformada.

A doutrina do monergismo, pilar da teontologia reformada, afirma que a salvação é obra exclusiva de Deus, desde a eleição até a glorificação, sem qualquer cooperação do homem natural. Essa verdade está firmemente alicerçada nas Escrituras Sagradas, conforme reconhecida por expoentes da Reforma.

O apóstolo Paulo declara: 

Como também nos elegeu nele antes da fundação do mundo, para que fôssemos santos e irrepreensíveis diante dele em caridade; e nos predestinou para filhos de adoção por Jesus Cristo, para si mesmo, segundo o beneplácito da Sua vontade.” (Efésios 1:4–5, Bíblia de Genebra). 

A origem da salvação não está no ser humano, mas no beneplácito da vontade divina, anterior à criação. A esse respeito, Paulo é ainda mais enfático: 

Porque diz a Moisés: Compadecer-me-ei de quem eu quiser me compadecer e terei misericórdia de quem eu tiver misericórdia. Assim, pois, isto não depende do que quer, nem do que corre, mas de Deus, que se compadece.” (Romanos 9:15–16). 

O novo nascimento é resultado exclusivo da ação de Deus, e não de uma decisão autônoma do homem. A salvação não está vinculada ao esforço humano, mas ao exercício soberano da misericórdia divina. O evangelho de João também exclui a vontade humana como fonte da regeneração: 

Mas, a todos quantos o receberam, deu-lhes o poder de serem feitos filhos de Deus: aos que creem no seu nome; os quais não nasceram do sangue, nem da vontade da carne, nem da vontade do homem, mas da vontade de Deus.” (João 1:12–13).

 

Anexo: Vídeo [10 min] - Resposta do Rev. Flávio:

Fonte:  PodVeritas - Podcast da Igreja PMR.


O fim último de todas as coisas, inclusive da salvação, é a glória de Deus: “Porque dele, e por ele, e para ele são todas as coisas; glória, pois, a ele eternamente. Amém.” (Romanos 11:36). 

Da mesma forma, o apóstolo declara: “Para que nenhuma carne se glorie perante ele. Mas vós sois dele, em Jesus Cristo, o qual para nós foi feito por Deus sabedoria, e justiça, e santificação, e redenção; para que, como está escrito: Aquele que se gloria, glorie-se no Senhor.” (1 Coríntios 1:29–31).

Teologicamente, essa soberania absoluta é sistematizada por JOÃO CALVINO, ao dizer:

Por predestinação entendemos o decreto eterno de Deus, pelo qual Ele determinou consigo mesmo o que desejava que acontecesse em relação a cada homem. [...] Alguns são preordenados para a vida eterna, outros para a danação eterna; e, consequentemente, conforme cada um foi criado para um ou outro desses fins, dizemos que foi predestinado para a vida ou para a morte.” (CALVINO, 1960, p. 926).

TEODORO DE BEZA, sucessor de Calvino, expõe com precisão a ordem causal da salvação:

“A causa eficiente da salvação é a misericórdia de Deus; a causa meritória é Cristo; a causa instrumental é a fé que também é dom de Deus; a causa final é a glória de Deus.” (BEZA, 1560).

Por sua vez, MARTINHO BUCER, com clareza pastoral e doutrinária, descreve o estado do homem e a ação regeneradora divina:

Deus opera tudo em todos, e o arbítrio humano foi inteiramente arruinado pelo pecado original. Somente quando Deus planta Sua palavra e Seu Espírito é que o homem começa a viver de fato.” (BUCER, 1550).

Portanto, a doutrina reformada da salvação reafirma que a fonte de toda graça salvadora está exclusivamente na vontade soberana de Deus. Todo mérito, glória e louvor pertencem a Ele, pois o homem, morto em delitos e pecados, nada pode fazer a não ser pela operação soberana e eficaz do Espírito Santo. Conforme ensina a Escritura: “Aquele que se gloria, glorie-se no Senhor.” (1 Coríntios 1:31).

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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:

  • BEZA, Teodoro de. Confessio Christianae Fidei. 1560.
  • BUCER, Martinho. De Regno Christi. 1550.
  • CALVINO, João. Institutas da Religião Cristã. Trad. Henry Beveridge. Ed. John T. McNeill. São Paulo: Cultura Cristã, 1960. Livro III, Cap. 21, §5, p. 926.
  • A BÍBLIA SAGRADA. Tradução de Genebra. Barueri, SP: Sociedade Bíblica do Brasil, 2017.


REFERÊNCIAS BÍBLICAS:

  • PAULO. Efésios 1:4-5.
  • PAULO. Romanos 9:15-16.
  • JOÃO. João 1:12-13.
  • PAULO. Romanos 11:36.
  • PAULO. 1 Coríntios 1:29-31.


07/06/2025

Primeiro Encontro de Teólogos. @igrejapmr

ENCONTRO DE TEÓLOGOS.

2025, Domingo, 22 de Junho.

É com grande alegria que convidamos todos os ex-alunos, alunos atuais e professores da UNITEFI, juntamente com a igreja local, para um Encontro de teólogos & Estudos, que será realizado na @igrejapmr , das 9:00hs às 15:00hs. Será um dia de profunda edificação, com temas desafiadores e extremamente instrutivos, voltados à edificação do Corpo de Cristo e à firmeza doutrinária. 

Teremos um momento inicial de café de confraternização, seguido de um simpósio teológico com exposições de alto nível, almoço para os presentes e, para o encerramento, três aulas com temas centrais à fé reformada e ao cessacionismo bíblico.

A entrada é franca (gratuita, R$ 0,00) para todos membros da igreja, os ex-alunos, alunos atuais e professores da UNITEFI, e poucas vagas dos que entrarem em contato

CRONOGRAMA DO EVENTO: 

  • 09:00 horas - Café de confraternização.
  • 09:15 horas - Simpósio Teológico com exposições de alto nível - Teólogos à mesa.
  • 12:00 horsa - Almoço para todos presentes.
  • 13:00 horas - Três aulas com temas centrais à fé reformada e ao cessacionismo bíblico.

LOCAL DO EVENTO: 

  • Endereço 2025: Rua José Gonçalves dos Santos, 26, Bairro Pedra Branca, Guidoval / Minas Gerais - CEP36515-000 
  • Coordenadas  Google Maps:   -21.158234345209348, -42.80067587412572 

Este será um momento ímpar para você participar ativamente, aprender com profundidade, tirar dúvidas, debater temas relevantes e esclarecer curiosidades dentro de uma perspectiva reformada e cessacionista. Mais do que um evento acadêmico, é uma oportunidade preciosa para a igreja se aproximar da teologia bíblica, fortalecendo sua fé e sua compreensão das Escrituras.

Informamos que, excepcionalmente, neste dia não haverá culto à noite, para que toda a igreja possa se dedicar integralmente à participação nesse evento especial.

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04/06/2025

Cessacionismo descomplicado, com John Owen: Primeiros Passos para Compreender a Doutrina.

Cessacionismo descomplicado.

Primeiros passos para compreender a doutrina.

O cessacionismo reformado e puritano enfatiza a suficiência das Escrituras (Sola Scriptura) como a autoridade máxima e final para a fé e a vida cristã. Embora cessacionistas reconheçam a contínua operação do Espírito Santo na vida dos crentes através de dons ordinários: Como o ensino, a administração e a misericórdia). Quanto aos dons extra-ordinários, cessacionistas os vêem como tendo cumprido seu propósito histórico e redentivo. Essa postura cessacionista, em obediência à séria ordem bíblica sobre o assunto, busca proteger a autoridade da Bíblia e evitar a busca por novas revelações que poderiam desviar os crentes da Palavra de Deus já estabelecida, focando a atenção na pregação do Evangelho e na edificação da Igreja por meio dos meios de graça já instituídos.

John Owen, teólogo e o cessacionismo.

John Owen observou o cessacionismo como profundamente arraigado na doutrina da suficiência das Escrituras. Não há complexidades, a compreensão da economia redentora de Deus, esclarece que os dons extraordinários tiveram um papel específico e temporário na fundação da Igreja, e não são esperados em sua operação regular após a conclusão da revelação divina. Cessacionismo não é uma crítica, nem põe poder de parada na obra de Deus, apenas observa que tudo em Deus teve seu tempo e própósito. A exemplo das praga no Egito, abertura do mar à Moisés, o dilúvio, e outros milagres pessoais na vida de pessoas específicas, foram milagres específicos que não foi revivido pelo povo de Deus outras vezes. Assim como dons especiais de alguns personagens bíblicos que a eles somente foi dado o talento. É comum encontrar na Bíblia coisas que aconteceram costumeriamente por um tempo, mas depois, não mais. Não é porque Deus fez milagres ou ministrou através de dons por algumas pessoas, que isso será repetitório. 

John Owen, ficou conhecido como um dos maiores teólogos puritanos, e é uma figura central na defesa do cessacionismo, segundo estudiosos. Sua abordagem é meticulosa, fundamentando-se na compreensão da obra do Espírito Santo e da economia da salvação. Owen argumentava que os dons carismáticos extraordinários, como a profecia revelatória, as línguas e os milagres de natureza apostólica, foram concedidos com um propósito específico e temporário na história da redenção: o estabelecimento e a autenticação da Igreja na era apostólica. Ele via esses dons como "sinais" e "marcas" que confirmavam a autoridade dos apóstolos e a verdade da nova revelação de Deus em Cristo. 

À luz do cessacionismo, particularmente na perspectiva de John Owen, textos como 1 Co 13:8-10, Efésios 2:19-20 e João 20:29 são fundamentais para argumentar que os dons carismáticos listados (profecias, línguas e conhecimento) são "em parte", "para fundações e fundamentos" e, portanto, temporários.

À luz da Bíblia, o cessacionismo por John Owen.

1 Coríntios 13:8-10 (Bíblia Genebra). "A caridade nunca falha; mas havendo profecias, serão aniquiladas; havendo línguas, cessarão; havendo ciência, desaparecerá. Porque em parte conhecemos, e em parte profetizamos. Mas quando vier o que é perfeito, então o que é em parte será aniquilado." 

1 Coríntios 13:8-10 (Em Grego, Textus Receptus). Ἡ ἀγάπη οὐδέποτε ἐκπίπτει· εἴτε δὲ προφητεῖαι, καταργηθήσονται· εἴτε γλῶσσαι, παύσονται· εἴτε γνῶσις, καταργηθήσεται. Ἐκ μέρους γὰρ γινώσκομεν, καὶ ἐκ μέρους προφητεύομεν. Ὅταν δὲ ἔλθῃ τὸ τέλειον, τότε τὸ ἐκ μέρους καταργηθήσεται.

Efésios 2:19-20 (Bíblia Genebra). "Assim, pois, não sois mais estrangeiros, nem forasteiros, mas concidadãos dos santos, e da casa de Deus; Edificados sobre o fundamento dos apóstolos e dos profetas, de que Jesus Cristo é a principal pedra da esquina;" 

Efésios 2:19-20 (Em Grego, Textus Receptus). Ἄρα οὖν οὐκέτι ἐστὲ ξένοι καὶ πάροικοι, ἀλλὰ συμπολῖται τῶν ἁγίων καὶ οἰκεῖοι τοῦ Θεοῦ· ἐποικοδομηθέντες ἐπὶ τῷ θεμελίῳ τῶν ἀποστόλων καὶ προφητῶν, ὄντος ἀκρογωνιαίου αὐτοῦ Ἰησοῦ Χριστοῦ·.
 
João 20:29 (Bíblia Genebra). "Disse-lhe Jesus: Porque me viste, Tomé, creste: bem-aventurados os que não viram, e creram. "
 
João 20:29  (Em Grego, Textus Receptus) Λέγει αὐτῷ ὁ Ἰησοῦς· Ὅτι ἑώρακάς με, πεπίστευκας· μακάριοι οἱ μὴ ἰδόντες, καὶ πιστεύσαντες. .
 

John Owen interpretava (1 Coríntios 13:8) "Profecias desaparecerão, línguas cessarão, conhecimento passará", essa "desaparição", "cessação" e "passagem" como o fim dos dons revelatórios e miraculosos. Ele via esses dons como fragmentos, pedaços de um quebra-cabeça que se encaixavam na era apostólica para autenticar a revelação e a mensagem de Cristo.


John Owen interpretava, (1 Coríntios 13:10) "Quando o que é perfeito vier" como uma chave bíblico teológica. Enquanto alguns interpretam "o que é perfeito" como a segunda vinda de Cristo ou a plenitude da eternidade, os cessacionistas como John Owen frequentemente argumentam que "o que é perfeito" refere-se à conclusão do cânon bíblico ou à plenitude da revelação de Deus em Cristo e nas Escrituras. Uma vez que a revelação completa de Deus foi entregue e registrada, não há mais necessidade de profecias revelatórias adicionais, línguas como sinal (dado o cumprimento do propósito de sinais para judeus e gentios) ou um conhecimento fragmentado (que se referiria ao conhecimento direto por revelação, distinto do conhecimento obtido pelo estudo da Escritura). A Bíblia completa fornece tudo o que é necessário para a fé e a vida cristã, tornando os dons "em parte" obsoletos.


John Owen interpretava (Efésios 2:20) "Edificados sobre o fundamento dos apóstolos e dos profetas" este "fundamento" de forma literal e histórica. Os apóstolos e os profetas (no sentido de profetas do Novo Testamento que recebiam revelação direta de Deus para a fundação da Igreja) foram instrumentos únicos e irrepetíveis para lançar as bases da Igreja cristã. O fundamento é algo que se lança uma vez e sobre o qual se edifica. Não se relança o fundamento continuamente.


John Owen interpretava (Efésios 2:20) "sendo o próprio Cristo Jesus a principal pedra angular". A presença de Cristo como a pedra angular principal reforça a ideia de que o fundamento é completo e imutável. A tarefa dos apóstolos e profetas era colocar esse fundamento. Uma vez que o fundamento está lançado, o trabalho contínuo da Igreja é construir sobre ele, não lançar novos fundamentos. Isso implica que o ofício apostólico e o tipo de profecia revelatória que lançou o fundamento não são mais necessários ou esperados na Igreja após a era apostólica. A obra do Espírito Santo, portanto, é edificar sobre esse fundamento estabelecido, não adicionar a ele.

John Owen, sem dúvida é uma figura mais brilhante no esclarecimetno sobre cessacionismo. 

Observações cessacionistas, de John Owen.

A necessidade desses dons extraordinários, segundo John Owen, estava intrinsecamente ligada à fundação da Igreja. Ele argumentava que, uma vez que a revelação de Deus foi completada e consignada nas Escrituras Sagradas, e a Igreja foi firmemente estabelecida, a função desses dons cessou. A suficiência das Escrituras torna desnecessária qualquer nova revelação ou confirmação miraculosa contínua. Para John Owen, buscar esses dons após a era apostólica seria, de certa forma, depreciar a completude e a autoridade da Palavra de Deus. A obra do Espírito Santo, portanto, seria primordialmente a de iluminar, santificar e capacitar os crentes para entender e aplicar as verdades já reveladas na Bíblia. OWEN, John. The Holy Spirit: His Gifts and Powers. Em: The Works of John Owen. Edinburgh: Banner of Truth, 1965. (Volume 3). 

John Owen também enfatizava que a distinção entre os dons "ordinários" e "extraordinários" era crucial para sua tese cessacionista. Os dons ordinários, como fé, amor, esperança, ensino e serviço, continuam presentes na Igreja em todas as épocas, pois são essenciais para a vida e o crescimento espiritual dos crentes. No entanto, os dons extraordinários, que envolviam uma revelação direta de Deus ou a capacidade de realizar sinais que autenticavam a mensagem apostólica, foram restritos à era fundacional. A razão para isso, segundo Owen, era que a manifestação desses dons estava ligada à presença e ao ministério dos apóstolos, que eram os pilares da Igreja nascente. Uma vez que o ofício apostólico cessou com a morte dos apóstolos, os dons associados a esse ofício também cessaram. OWEN, John. A Discourse Concerning the Holy Spirit. Em: The Works of John Owen. Edinburgh: Banner of Truth, 1965. (Volume 3). 

A consistência da argumentação de John Owen é notável em suas obras. Ele não via o cessacionismo como uma negação do poder de Deus ou da obra do Espírito Santo, mas sim como uma compreensão da forma como Deus opera em diferentes períodos da história da redenção. O foco da obra do Espírito Santo na era pós-apostólica, para Owen, é a edificação da Igreja por meio da Palavra e dos sacramentos, da conversão dos pecadores, da santificação dos crentes e da capacitação para o serviço e a proclamação do Evangelho, tudo dentro dos limites da revelação já completa. OWEN, John. An Exposition of the Epistle to the Hebrews. Em: The Works of John Owen. Edinburgh: Banner of Truth, 1965. (Volume 19).

O que é cessacionismo? 

O cessacionismo, na visão da teologia reformada e puritana é a crença de que certos dons espirituais extraordinários, como o dom de profecia, línguas e milagres, cessaram ou não são mais operantes na igreja após o período apostólico. Essa perspectiva não nega a soberania de Deus ou Sua capacidade de realizar milagres hoje, mas entende que a forma e o propósito desses dons específicos estavam intrinsicamente ligados à fundação da Igreja e à revelação progressiva da Palavra de Deus. 

A principal base para essa visão reside na convicção de que, com o encerramento do cânon bíblico, a necessidade de novas revelações infalíveis ou sinais miraculosos para autenticar a mensagem divina diminuiu, pois a Escritura é agora vista como a regra suficiente e completa para a fé e a prática.

Os teólogos reformados e puritanos argumentam que a era apostólica foi um período singular na história da redenção. Os apóstolos, como testemunhas oculares de Cristo e recebedores diretos de revelação, foram fundamentais para o estabelecimento da Igreja. Os dons extraordinários serviam, em grande parte, para autenticar a mensagem apostólica e a nova aliança. Uma vez que o fundamento foi lançado e a revelação divina foi completada e registrada nas Escrituras, a necessidade desses dons como ferramentas de fundação e autenticação cessou. Isso não significa que o Espírito Santo deixou de operar, mas que Sua atuação se manifesta de maneiras diferentes, mais alinhadas com a preservação, interpretação e aplicação da Palavra revelada.

O que refletir, com o cessacionismo? 

Além de ser perfeitametne bíblica, cessacionismo é uma doutrina e plataforma que traz segurança à igreja em seus passos perante o Senhor, em toda sua trajetória. É perigosíssimo expressar falsas línguas, e falsas profecias, ou prometer falsos milagres haja visto que isto é explícitamente mentir em nome do Espírito Santo. Fingir falar como se Deus estivesse falando. Fingir profetizar o que Deus não está profetizando. Fingir ser usado por Deus, mesmo que a título de boas intensões. Tudo isso enfurece a Deus, que assume sua ira e promitente juízo sobre os tais.

Em igrejas pentecostais, e neo pentecostais, o continuísmo que é a doutrina oposta é costumeiramente protegido pelos próprios seguidores das seitas que pretendem a defesa de sua heresia sob os seguintes termos (argumentos e cambalhotas continuístas), onde diz o pentecostal: "Não é que foi uma falsa profecia, é que esta profecia o irmão entregou na carne. Não é que foi uma falsa língua, foi uma língua estranha sem interpretão. Se a profecia não cumpriu, não se julga o profeta, se julga somente a profecia. Deus sabe todas as coisas, se a profecia não cumpriu é porque você não teve fé. O profeta fala com fé, e Deus se vira pra cumprir se o profeta crer." Ora, tais atitudes e argumentos entram extremamente em contrasenso com a Bíblia. Na Bíblia, uma única profecia falsa, e deve punir o falso profeta com o abandono não crendo nunca mais no que ele diz, e Deus o pesará responsabilizando-o com Sua justiça. Na Bíblia foram n'outras línguas, e não lingua estranha, e o que foi, foi somente no período dos apóstolos para romper com evangelismo em distintas regiões de distintos idiomas. Outrossim, se Deus profetiza Ele não depende nunca da fé de ninguém pra que se cumpra o que profetizou. Como podem continuístas (pentecostais, neo pentecostais e outros) inventarem tantas desculpas para algo tão sério e de tanta indignação da parte de Deus? A resposta é simples: Irresponsabilidade e improbidade.  

O continuísmo herético ousa estar no lugar de fundação da igreja, quando na verdade este tempo passou: Edificados sobre o fundamento dos apóstolos e dos profetas, sendo o próprio Cristo Jesus a principal pedra angular, registra que os apóstolos tiveram um propósito específico para o tempo inicial. 

O continuísmo herético ousa propor incompletude e carência do que já foi saciado e selado, quando na verdade o que é perfeito veio, e o que foi em parte, foi aniquilado. Sem muito esforço interpretativo, sem necessidade de nenhum recurso teológico para entender, basta ler: "...mas havendo profecias, serão aniquiladas; havendo línguas, cessarão ..." Aniquilado! Cessou! 

O que fazemos agora é desfrutar com responsabilidade do que ficou pronto: Somente a Escritura concluída expondo-na, a fé, o batismo, a ceia, o culto, e a oração para alcançar milagres se assim o Senhor já o tiver decretado. Além de que alegra muito ao Senhor, como disse a Tomé, que felizes são os que não viram, sinais e maravilhas, mas mesmo assim creram.

Acesse mais conteúdos sobre este tema aqui, haja visto que este artigo acima é só uma parte do assunto que não se esgota em um único artigo, obviamente. É importantíssimo continuar estudando, crescendo em graça e conhecimento nas coisas do Senhor.

Igreja Primeiro Ministério Reformador  
QUEIROZ, Flávio Ferraz de.  
Reverendo (2025) 04 de Junho. Guidoval / MG.  
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Nós da Consciência Reformada, queremos equipar cristãos na verdade, disponibilizando melhores e mais seletos artigos, estudos, literaturas (clássicas ou não) e fontes da ortodoxia histórica. Buscamos encorajar a igreja verdadeira a sempre estar reformando seus pensamentos, para que cada vez mais honre a Deus somente e seja consistente com a Palavra de Deus. Ousamos ensinar todo o conselho de Deus, e não apenas aspectos com os quais sentimos confortáveis, para que o evangelho afete e transforme todas as áreas da vida. Entendemos que é importante enfatizar doutrinas que foram perdidas ou postas de lado por algumas instituições, crendo que isto ajudará muito, numa das tarefas mais urgentes que cristãos enfrentam hoje: a redescoberta do evangelho verdadeiramente fundamentado na Bíblia. Nossa esperança é que os eleitos do Senhor abracem a Palavra de Deus, e alcancem a verdadeira sã doutrina bíblica, que é o Evangelho de Jesus Cristo proposto por Ele mesmo. Lembrar que obra da salvação é uma obra monergista da graça; que, antes da graça, o homem permanece passivo, incapaz e indisposto para se voltar para Deus, até que seja regenerado pelo Espírito Santo.